quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Paz

Começo a escrever e reparo que o penúltimo post foi para ti. E o último que escrevo este ano, também. E se não tivesse escrito a frase anterior, tenho a certeza que reconhecerias nas palavras que se seguem, o meu terno olhar sobre a amizade. A nossa amizade.
Escrevo-te em letra redonda o que me vai na alma. E na minha alma vai um poema. De esperança. Que escreveste - sem te dares conta - nos ultimos dias. Escreveste, directamente no meu coração. Também com letras redondas, em tons de azul, a minha cor preferida.
Na minha alma, vai também harmonia. De certeza aquela que me desejaste às primeiras horas da tua manhã. Na minha alma, vai ainda paz. Uma paz que começo agora a descobrir. Acho que abri os braços a esta nova sensação, no dia em que me reconciliei definitivamente com Deus. E essa história tu já conheces. Foste tu quem mediou essa reconciliação.
Sinto - sei - que neste momento também tu estás mais perto d'Ele. E sinto - sei - que esta graça - que sinto - divina a pairar sobre mim é de certeza um presente teu, fruto dos teus melhores pensamentos.
E deixo-te o meu; o meu pensamento, no teu coração. Fecho os meus olhos para melhor sentir os teus no meu pensamento. No meu coração. Vejo, com os olhos fechados, a paz do teu sorriso, e até sinto o teu beijo de esperança. E deixo-te o meu, o meu beijo, no teu coração.
Bom ano!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sorriso (de Natal)

Entraste na minha vida, naturalmente. Nem precisaste de bater à porta. Já estava aberta, como se te esperasse. Lembro-me do teu primeiro sorriso. Lembro-me das tuas primeiras palavras. E claro, lembro que te olhei olhos nos olhos. É já um velho hábito meu, quando conheço alguém procuro nos olhos um sinal. Nos teus, brilhava um semáforo de autenticidade que me dizia ser seguro avançar.
És especial. Muito especial. Só assim se justifica que eu goste tanto de ti. E tenha saudades tuas. E que sorria sempre que penso em ti. Porque gosto de sorrir e sobretudo de sorrir quando penso em ti.
Este Natal vai ser especial, também. Pela primeira vez em muitos anos volto a sentir que é Natal. Reconciliei-me definitivamente com Ele da primeira vez que me disseste: "Fica com Deus!", em jeito de até amanhã. E cada vez me é mais fácil sorrir. Este Natal vai ser (quase) perfeito. Com o sorriso que se começa a desenhar no teu rosto depois de leres estas linhas. E o meu, que te deixo escrito neste mural de palavras sinceras. Em letra redonda. E não era preciso ser Natal para te escrever. Porque pessoas como tu transportam o espírito desta época durante todo o ano.
Só escrevi agora por uma questão de tempo. E continuo a sorrir.