segunda-feira, 5 de maio de 2008

Poética Própria

Gosto que as palavras digam as coisas,

frescas, redondas, simples,

tais quais são.

Coisas a estudar sempre:

Coisas aí mesmo, à mente.

Digam as coisas,

fáceis, difíceis, certas, cheias, mesmas, elas, sensíveis,

tal qualmente.

As devidas palavras, digam, próprias, as coisas:

As sonhadas palavras.

Angelo Ochoa
http://angelooochoa.no.sapo.pt/

2 comentários:

Anónimo disse...

Poética Própria:
Simples palavras digam as coisas certas talqualmente.
Coisas há a estudar sempre
aí mesmo ante a mente.
Outras, antes sonhadas, palavras
digam as imbricadas coisas novas com rigor diferente.
(Meus Canhenhos, 6/v/2008)

Como vê, queridíssima Adelaide, devido a uma maníaca vírgula (no dizer saboroso de O'Neill) este chatérrimo 'Choa, chatérrimo e torturado da escrita, a si se vai corrigindo -- se correcção tem... «Aqui me confesso de Abel e de Caim dos 7 quando a vida não repete que são mais «os tais pecados mortais» -- do poema do Torga. Seja indulgente, amiga, e feche olhos a este «dislate» de um que vai com 49 anos de diária escrita. E viva a Adelaide sua Sesimbra do sol tão quente tão linda tão nossa boa ninfa! VIVA! VIVA E BEM! E VIVA SÁBIA VIDA! AREJE CÃO, ANDE POR SEU PÉ, E GOZE ARES. Só mais uma breve nota: (VAI PERDOAR) : sinto orgulho em emparceirar no seu blog que corri de uma ponta a outra ponta arquivos todos com nomes como o do Gedeão ou o do bem saudoso Ary dos Santos pra não mencionar Natália Correia e outros seus todos bons nomes e bem pesados -- Parabéns -- muitos parabéns pelo sonho! Continue a luta!

Anónimo disse...

Uma das grandes tarefas da poesia é acordar em nós os sentidos e o prazer pelo autêntico.

Parabéns ao Professor e à Aluna!!!


...La poesía es como el viento,
o como el fuego, o como el mar.
Hace vibrar árboles, ropas,
abrasa espigas, hojas secas,
acuna en su oleaje
los objetos que duermen en la playa..."

José Hierro

(España, 1922 – 2002)