quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Paz

Começo a escrever e reparo que o penúltimo post foi para ti. E o último que escrevo este ano, também. E se não tivesse escrito a frase anterior, tenho a certeza que reconhecerias nas palavras que se seguem, o meu terno olhar sobre a amizade. A nossa amizade.
Escrevo-te em letra redonda o que me vai na alma. E na minha alma vai um poema. De esperança. Que escreveste - sem te dares conta - nos ultimos dias. Escreveste, directamente no meu coração. Também com letras redondas, em tons de azul, a minha cor preferida.
Na minha alma, vai também harmonia. De certeza aquela que me desejaste às primeiras horas da tua manhã. Na minha alma, vai ainda paz. Uma paz que começo agora a descobrir. Acho que abri os braços a esta nova sensação, no dia em que me reconciliei definitivamente com Deus. E essa história tu já conheces. Foste tu quem mediou essa reconciliação.
Sinto - sei - que neste momento também tu estás mais perto d'Ele. E sinto - sei - que esta graça - que sinto - divina a pairar sobre mim é de certeza um presente teu, fruto dos teus melhores pensamentos.
E deixo-te o meu; o meu pensamento, no teu coração. Fecho os meus olhos para melhor sentir os teus no meu pensamento. No meu coração. Vejo, com os olhos fechados, a paz do teu sorriso, e até sinto o teu beijo de esperança. E deixo-te o meu, o meu beijo, no teu coração.
Bom ano!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Sorriso (de Natal)

Entraste na minha vida, naturalmente. Nem precisaste de bater à porta. Já estava aberta, como se te esperasse. Lembro-me do teu primeiro sorriso. Lembro-me das tuas primeiras palavras. E claro, lembro que te olhei olhos nos olhos. É já um velho hábito meu, quando conheço alguém procuro nos olhos um sinal. Nos teus, brilhava um semáforo de autenticidade que me dizia ser seguro avançar.
És especial. Muito especial. Só assim se justifica que eu goste tanto de ti. E tenha saudades tuas. E que sorria sempre que penso em ti. Porque gosto de sorrir e sobretudo de sorrir quando penso em ti.
Este Natal vai ser especial, também. Pela primeira vez em muitos anos volto a sentir que é Natal. Reconciliei-me definitivamente com Ele da primeira vez que me disseste: "Fica com Deus!", em jeito de até amanhã. E cada vez me é mais fácil sorrir. Este Natal vai ser (quase) perfeito. Com o sorriso que se começa a desenhar no teu rosto depois de leres estas linhas. E o meu, que te deixo escrito neste mural de palavras sinceras. Em letra redonda. E não era preciso ser Natal para te escrever. Porque pessoas como tu transportam o espírito desta época durante todo o ano.
Só escrevi agora por uma questão de tempo. E continuo a sorrir.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ridícula (carta de amor)

" Todas as cartas de amor são ridículas..."
- Álvaro de Campos
Meu amor
Esta é a carta mais ridícula que alguma vez escrevi. Por ser uma carta de amor. E pergunto-me porque escrevo. Porque te escrevo esta carta de amor. Porque escrevo uma ridícula carta de amor. Para ti. E só encontro uma resposta. Porque adoro ser ridícula nestas coisas do amor. Porque o amor também é ridículo. E mais ridículo ainda é amar. Amar num mundo árido de sonhos e de esperança. E eu que acredito na esperança, na capacidade de correr atrás do sonho. Acredito ser possível agarrar o sonho com as duas mãos, beijar a esperança nas duas faces, abraçar a vida e inverter a tendência da aridez que tende a proliferar neste mundo.
Amo-te. Amo-te muito. Amo-te até quando sinto o teu desamor e a tua incredulidade. E o teu desapego pelo sonho. Amo-te porque te amo assim mesmo. Amo-te mais quando não desisto. De ti. Deste amor. Amo-te porque me sinto ainda mais ridícula se não te amar. Amo-te porque a vida me dá esta oportunidade de ser feliz. E para ser feliz é preciso amar. Amar-te e amar o céu que sabe de todos os teus sonhos. Amar-te e amar o sol que aquece a tua alma. Amar-te e amar a brisa que te afaga o rosto na minha ausência. Amar-te e amar o rio que corre para o mar onde navegas solitário. Amar-te e beijar a gaivota que grita comigo, o teu nome, na noite escura.
Amo-te ridiculamente. E amo-te muito. Como só as pessoas ridículas sabem amar. E fazer a diferença neste mundo, já quase que passa pelo ridículo. Porque - para muitos - é ridícula a capacidade dos seres humanos se emocionarem, chorarem e escrever cartas de amor.
Amo-te! E escrevi esse amor nestas ridículas linhas.
E amanhã vou rir-me de tudo isto. E continuar a sorrir sempre que pensar neste amor.
Um beijo
Adelaide

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Digitais

Colam-se à pele as memórias,
os abraços, a saudade,
os olhares cúmplices
e a piadinha mordaz no tempo certo...
Cola-se à pele o carinho,
a capacidade única
de acender um brilho nos olhos
e a chama da esperança na alma.
O ADN, as impressões digitais da amizade,
também se visualiza(m) no sorriso
que às vezes apenas se adivinha
no abraço (real) à distância,
no beijo escrito a azul em letra redonda,
na força das palavras impressas
no papel e no coração.

Natureza

O beijo do sol afagou-lhe o rosto
Aqueceu-lhe a alma.
O sussurro do vento
falava de esperança.
Presenteou os sentidos
Com o doce perfume da terra molhada
E olhou para o céu
Já sem nuvens.
Elevou os olhos para o imenso azul
e sorriu ao receber
mais um beijo do Sol.
E agora era a brisa
quem lhe afagava o rosto.
Fechou os olhos
Para melhor sentir
A cálida carícia.
E sentiu um beijo
colar-se à pele.
Apeteceu-lhe comer rosas
Depois de beijar cada pétala...
Como se fossem o pão da vida!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Poema prometido


Vive-me na alma

Um (quase) poema

De rima solta,

Onde as palavras

Falam de sonho,

Saudade,

Esperança, bondade,

Ternura e amizade.

Vive-me na alma

A vontade e o querer

A felicidade e a melancolia

A gargalhada e (às vezes) a tristeza,

Ambas dão mote à minha poesia.

Vive-me na alma

A chama da fé

E a vontade de vencer,

Que elevam o sonho e a esperança

Ao patamar da vitória.

E mora também na minha alma

O (quase) poema prometido

Ao som do gemido da guitarra,

Que em busca do samba animado

Copia agora a rota de Cabral,

Para “matar” a saudade.

Encontro com a escrita

Passei por aqui a caminho de nada, passei por aqui porque sim. Passei por aqui por ter saudades de te escrever. Escrever-te aqui. Porque afinal escrevo-te todos os dias: e - mails, sms e também nos meus pensamentos escrevo sempre uma prosa ou um poema para ti.
Hoje apeteceu-me encontrar-te aqui. Apeteceu-me encontrar-me também. No sonho partilhado. Cada vez que me encontro, encontro-te - naturalmente - a ti. E quando um dia estive desencontrada, encontrei-me contigo, encontraste-me tu! E nunca mais me perdeste, nem me deixaste perder! E nunca mais me perdi! E também nunca te perdi!
A minha vida é um encontro perfeito, desde que te encontrei! Desde que me encontraste! E conjugando o verbo encontrar no futuro, continuo a encontrar-te também. E continuamos sempre a encontrar-mo-nos todos os dias, no feliz reencontro de quem nunca se perdeu.
É como dizer até amanhã, antes de dormir. E no meio do sono, encontro-te também, no meu sonho. E também no sonho, escrevo para ti e quando acordo escrevo-te no meu coração.
E agora, escrevo um beijo redondo, no teu coração!
Adoro-te

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Redundâncias felizes

Hoje comecei o dia babada. Feliz. Enternecida. A minha melhor Amiga mandou-me um email onde me dizia estar muito feliz por saber que eu estou muito feliz. E no meio desta redundância eu consegui ficar ainda mais feliz. Sorri, enternecida, para aquelas palavras que - tenho a certeza - foram escritas com o coração.
A minha melhor Amiga tem um coração de ouro, tem um coração muito doce, é uma mulher muito generosa, encantadora, linda - por dentro e por fora - é um dos seres humanos mais bonitos que eu conheço. Acho até que é o mais bonito. E o melhor ser humano também. E falando de qualidades é também uma excelente profissional. A melhor. A melhor do Mundo!
Por todas as razões tenho por ela um carinho imenso e um orgulho desmedido. E dos tempos menos bons que passei até há alguns meses, ficou colada no meu coração a recordação de que ela esteve sempre comigo, incondicionalmente. Foi ela quem sempre mais me levantou a moral, acendeu a esperança, lavou a alma.
Isto é Amizade!

P.S. E isto (este post) minha querida Amiga - já sei - é um verdadeiro ataque de lamechice. Já sei que vais refilar comigo (ai que meeeeeeeeeeeedo!) e só queria ver os teus olhos quando estiveres a ler estas linhas.
Adoro-te muito Amiga
Mil beijinhos no teu coração

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Parabéns Margarida

(Fotografia alojada em http://www.arteblog.net)

Olá princesinha. Este ano escolhi uma prendinha colorida para te oferecer. Lembrei-me que não deves ter gostado das cores cinzentas com que nos últimos anos pintei a vida. Gostei particularmente desta, pelo fundo azul que me lembra o céu onde moras, pelo vermelho de amor em cada pétala.
Escrevo-te estas linhas enquanto afago as pétalas que (me) deixaste. Que estão sempre no meu coração, na minha vida, no meu dia a dia. Escrevo-te estas linhas enquanto ouço a tua voz. Dizes-me que está na hora de brincar. Uma nova brincadeira. Vamos a isso. Neste dia que é ainda mais teu, brincamos (de verdade) ao jogo da esperança. Para jogar, basta ter um sorriso. E eu já tenho o meu preparado. E assim festejamos este dia.
Logo à noite, quando olhar o céu antes de dormir, tenho a certeza que a estrelinha mais bonita (e mais reguila) me vai piscar olho. És tu. E aproveito para te dar mais um beijinho!

domingo, 20 de setembro de 2009

Ápice

De repente, meu amor,
todos os meus beijos foram ao teu encontro
E já antes eram teus.
De repende, meu anjo, o céu ficou mais azul
E o meu coração incendiou-se de amor,
Mais amor por ti
De repente, a mensagem ficou mais clara,
No teu olhar transparente, meu amor,
Li as certezas que procurava.
De repente, meu amor, a felicidade
Afagou-me a alma, beijou-me o coração.
De repente, meu amor, estou à beira mar,
Refresco os pés nas águas mágicas do azul
E espero pelo pôr do sol e por ti.
De repente, meu amor,
O sol sorriu-me e piscou-me o olho
O sol e tu.
De repente...
Amo-te mais!

sábado, 19 de setembro de 2009

Adoro meu time

"Gosto de Sentir a minha língua roçar
a língua de Luís de Camões..."
Caetano Veloso in "Lingua"
Começo avisando que estou tentanto escrever em português do Brasil somente para que meus queridos amigos lá em S. Paulo, entendam bem o que estou querendo dizer. É o seguinte: Estou trabalhando numa produção luso - brasileira e estou amando. O projecto e as pessoas. É tudo nota 10. O projecto é por demais interessante, as pessoas são super profissionais, super bacanas, caras muito legais, e logo na primeira hora ficaram morando em meu coração. Por isso, quando meus amigos voltaram para o Brasil ficou difícil desgrudar daquele abraço. Minha lingua enrolou, não consegui falar, meus olhos teimavam virar cascata, me emocionei bastante.
Faz duas semanas que partiram e tou sentindo uma saudade daquelas. E hoje, voltei a me emocionar (de riso), pela generosidade de meus colegas do Brasil. Por essa altura, estou fazendo transcrição de entrevista e de tanto escrever em meu teclado, acredito que machuquei meu pulso. Perguntei pro time brasileiro se nosso projeto tem verba para esse tipo de lesão. A chefe de produção respondeu que pode enviar pelo correio uma punheira. E minha diretora respondeu que sim, que tem verba, para "massagem de punhos" alertando que o produtor português esqueceu de repassar essa informação para mim.
Essa é de fato a melhor equipe em que trabalhei em toda minha vida. Prevendo tudo, até subsídio para punho machucado. Por isso, vou mesmo terminar esse post em meu blog e voltar para minhas transcrições, agora mais inspirada, sabendo que tem (mais) esse subsídio.
Espero, amigos brasileiros, que tenham entendido bem o que estou falando. Falando de coração que me emocionei (de sentimento) na vossa partida para S. Paulo, que me emociono (de riso) com vossa generosidade. E amigos portugueses e brasileiros falando também de coração - com todo o sentimento - que adoro muito todos vocês.
Entenderam certinho?
Um beijo
Adelaide

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Definitivamente

"Amigo é coisa para guardar
do lado esquerdo do peito"
- Milton Nascimento

Gosto do verde água dos teus olhos,
Do teu abraço genuino
Gosto de sentir que nos levamos pela mão
e que estamos sempre
à distância de um pensamento.
Definitivamente gosto de partilhar contigo
todos os meus sonhos.
Definitivamente
Gosto de sentir que nos gostamos,
Definitivamente
Gosto muito de gostar muito de ti.

domingo, 6 de setembro de 2009

Todos os tempos

O nosso tempo continua a ser um tempo de esperança. O nosso tempo, meu amor, é um templo de felicidade. O nosso tempo, não pode ser contado pelo relógio. O nosso tempo são todos os momentos que partilhamos desde o passado (mais ou menos) recente até ao presente mais presente. O nosso tempo, meu amor, está escrito no verde esperança dos teus olhos, na esperança madura que nunca deixou o teu coração.
Agora, meu amor, o nosso tempo é de muita felicidade. Estamos bem. Felizes. E em nome de todos os tempos que partilhámos, todos os meus tempos são teus. Continuam a ser teus. Sempre.
Em todos os meus tempos, estiveste, estás sempre aqui. Também no meu futuro.

Novas regras

Perdoar, seguir em frente
Abrir os braços à vida
ao amor, a todos os presentes do céu.
Deixar para trás a dor
a mágoa, os ressentimentos.
Seguir em frente.
Abraçar o sonho.
Acalentar a mais secreta esperança,
com a certeza que se vai realizar.
Vale a pena
perdoar, seguir em frente
Abraçar a vida.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Cigarras

O canto das cigarras penetra devagarinho na noite. Como um afago na alma. Complementado pela caricia da brisa. No meu rosto.
Desta vez não olhei para a lua. Nem busquei as estrelas.
Tenho a certeza que todas me sorriem.
Ouço suspiros mudos de nervosismo, ansiedade. Lembram-me os gemidos de dor e amor de uma mãe a parir. É um parto diferente. E este filho também.
Apetece-me levantar desta cadeira, e dar um abraço. Apetece-me dizer "estou aqui". Porque este silêncio é de ouro e a concentração vital, deixo que o barulho das teclas do meu computador falem por mim. Que digam estou aqui.
Apetece-me romper este silêncio. Romper. E não rasgar. Porque o rasgar faz barulho.
Apetece-me dar um abraço. Simplesmente porque sim. Porque há muito tempo só me apetecia receber. Hoje é diferente. Também eu estou diferente.
E ouço mais um suspiro. Baixinho. E mais outro. E mais outro. E não sei o que fazer. Apetece-me dar um abraço nesse suspiro. De muito talento.
E receio romper o silêncio.
Lá fora as cigarras continuam a cantar. E as formiguinhas continuam em grande laboração. Perto de mim há uma que trabalha muito. E suspira. Apetece-me tanto abraçar esta formiguinha enquanto ouço o cantar da cigarra.
Fico por aqui... E continuo sem saber o que vou fazer com esta vontade de te dar um abraço. De te beijar castamente, na testa. Como prova do grande respeito e afecto que tenho por ti.
Tenho a certeza que se agora me for deitar, vais dizer: "Bom sono. Fica com Deus".
E eu quero ficar - também - contigo!

domingo, 23 de agosto de 2009

Love my team

Comecei há - precisamente - dois meses a trabalhar neste projecto. Apaixonante. De tão intenso, parecem dois anos. O projecto e as pessoas nele envolvidas. Apetece-me dizer que se atingiu a perfeição.
Ao primeiro telefonema, mais do que sentir que sim, que ia fazer parte deste projecto - quando tudo ainda era apenas um primeiro contacto - senti que este projecto já fazia parte de mim. O projecto e as pessoas que passei a conhecer. Decorridos dois meses, projecto e pessoas estão definitivamente colados à pele. Ficaram assim, colados, ao primeiro olhar que permitiu avaliar a dimensão, a simplicidade e a nobreza de cada coração.
Do projecto e das pessoas, vou falar em pormenor, mais à frente, no tempo certo.
Agora é tempo para dizer o que normalmente se diz depois. Sejam quais forem os frutos (que acredito plenamente serem muito bons) que nasçam nesta árvore - também - de esperança, é excelente trabalhar nesta equipa super empenhada, onde todos os dias se aprende, onde diariamente sinto que nos respeitamos, confiamos, nos merecemos mutuamente. Cá e lá.

Um beijo
Adelaide

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sono (de beijos)

Adormece-me com um beijo.
Agora.
Afaga-me a alma,
(enquanto durmo)
Com os teus beijos,
E beija-me outra vez.
No sonho, na vida.
Beija-me - também -
neste sono merecido!
E beija-me quando despertar...

domingo, 16 de agosto de 2009

Leva-me (contigo)

Embarco no teu olhar entornado
(e envergonhado) de mel e ternura.
Navego contigo
Por mares já muito navegados
À procura de uma nova maré.
À bolina deste amor
que me afaga a alma.
Deixo-me levar
p'la brisa deste amor
que me acrescenta vida,
esperança, desejo...
Desejo de amar.
Desejo de (te) amar, mais!
Amo-te (para além das estrelas)
Amo-te! Muito!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Lua(lidades)

Vieste no vento
De olhar enxuto
Alma lavada
Coração aberto.
Dei-te o abraço
que nem chegaste a pedir.
Li nos teus olhos
verdes de esperança
a mensagem e o beijo.
Lembrei-me do primeiro abraço
que continua aqui
colado à pele
Como todos os outros.
Estendo as minhas mãos
em busca das tuas;
Já se encontraram as nossas mãos
(Como sempre acontece, sempre se buscam)
E nós também.
Sob o olhar cúmplice da lua!
que tem um sorriso
quase tão bonito
como o teu.
Vem agora com o vento
Traz o teu olhar enxuto
A alma lavada e o coração aberto.
Espero-te no jardim secreto
que a lua criou para nós.
Até já!

sábado, 8 de agosto de 2009

Voltei

Andam a marcar-me falta... no meu próprio blogue. Porque mal apareço por aqui, porque não escrevo, porque estou muito ocupada. É essa a única razão da minha ausência. Estou muito ocupada e muito feliz. Gosto tanto de estar ocupada, adoro estar feliz. A felicidade é um bem que se conquista pela força do querer, da vontade. A felicidade é um presente do céu para premiar a persistência, que muitas vezes me faltou e que mão amiga fez despertar. A força dos afectos foi um tufão de esperança agora transformado numa agradável brisa que me afaga a alma.
De tudo o que ficou, ficou o melhor, a excelência. Do menos bom, não vale a pena falar. E é perfeitamente dispensável alimentar mágoas, ódios, rancores. O menos bom ignora-se. Já passou, não vai voltar.
Ao melhor que ficou, que está sempre comigo, junto agora as novas experiências, vivências, sentires. Sentir que estou bem, muito bem, cada vez melhor. Muito, muito feliz! Cada vez mais!

Sonho (real)

Partilhei recentemente com os meus companheiros de trabalho o meu poema favorito. Que inspirou a criação deste blogue. Todos gostaram, ninguém conhecia. Pelo sonho é que vamos é também o percurso que todos estamos a fazer. Num projecto apaixonante. Com pessoas à altura; lindas, empenhadas, profissionais, de coração grande. Pesssoas que olho nos olhos e vejo a alma. Pessoas que conheço há pouco mais de um mês e é como se conhecesse desde sempre. Princesas e princípes que enobrecem a casta dos bons com gestos simples de solidariedade, amizade, respeito, humildade, generosidade.
Vale a pena esta experiência, este projecto, vale a pena acreditar num mundo melhor. Acreditar nas pessoas, na vida, no sonho.
Sou muito mais feliz desde que estou nesta aquipa. Também sou melhor como ser humano. E em termos profissionais é impagável a oportunidade de estar (também) a realizar uma "velha" aspiração.
Sinto que este projecto e esta equipa têm muito futuro, juntos. Os laços de afecto que nos ligam são muito fortes. O abraço transoceânico que nos une é uma promissora semente de continuidade. Este afecto cola-se - naturalmente - à pele. Cá e lá!

domingo, 26 de julho de 2009

Estações (do ano)

Se fosse outono, ouvíamos as folhas caírem das árvores
víamos as árvores despidas e o solo amarelecido.
Dávamos as mãos e seguíamos viagem, rumo ao sol.
Se fosse inverno e noite escura, podíamos escrever um poema à lareira, à luz das velas.
Se fosse um poema, falava naturalmente de amor.
Se falasse de amor, também poderia não ser um poema.
Em que ficamos? Para onde vamos?
Ficamos aqui a degustar as palavras
E vamos onde o sonho nos levar.
De mãos dadas. Sempre.

Se fosse primavera, deixavamo-nos embalar pelo canto das andorinhas
Beijávamos papoilas vermelhas de vida
Lavávamos os olhos na festa das cores
Festejávamos os primeiros abraços quentes do sol.
É Verão meu amor. E podemos fazer tanta coisa.
Escutar a indolência do mar e fazer uma festa de azul
com a preciosa ajuda do céu;
Beijar as papoilas e sentir os afagos da brisa
Beber caipirinhas que nos sabem pela vida,
Comer gelados de sabores exóticos e festejar a chegada da noite;
ao som da viola que acompanha o vaivém das ondas,
lemos o poema escrito no inverno,
à luz de um sol poente que pinta de fogo estradas no mar
É verão meu amor. Corremos na praia,
pés descalços atrás do sonho que nunca deixamos de procurar...
E descansamos meu amor enquanto disfrutamos os beijos
E a vida.
E escrevemos meu amor, um novo poema -
na areia, no coração,
nas páginas das nossas vidas,
na certeza de nos querermos tanto.
Este poema. Que é nosso!
Sempre!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Intervalo

Uma pausa na pesquisa, um cigarro fumado, a pressa de voltar e prolongando um pouco mais a pausa, uma outra pesquisa para mergulhar os sentidos num poema de palavras que me beijem. Encontrei este, de Eugénio de Andrade:

“Foi para ti que criei as rosas.
Foi para ti que lhes dei perfume.
Para ti rasguei ribeiros
e dei às romãs a cor do lume.”

As palavras beijaram-me. Como eu queria. Porque um beijo sabe sempre bem e um poema também, deixo-te os dois

Até já

domingo, 5 de julho de 2009

Nova Era

Escrevo-te as primeiras palavras da minha nova vida. Beijo-as uma por uma e dedico-tas com amor. Este amor maior que me acende a vontade de criar e continuar a crescer. Estar de pé é um estado de estado de alma. E eu estou. Ver-me ao espelho já faz parte de mim. E eu vejo e gosto do reflexo. E gosto de sorrir. E gosto de me ouvir numa boa gargalhada. Gosto do som da minha alegria, gosto de sentir as minhas boas vibrações. Renasci! É incontornável a força dos afectos, que me trouxe de volta.
Nos caminhos da depressão, alimentavas-me a alma com beijos e palavras de força e coragem. Nas rotas do meu desespero, semeavas a esperança, resgatavas-me à melancolia e à descrença. Na noite escura, acendias as estrelas e telefonavas para saber de mim. De tudo o que vivi, só mantenho as boas memórias. Todas passam por ti.
Por esta altura - e enquanto lês estas linhas - vejo-te a a sorrir e a abanar a cabeça. E leio o balão dos teus pensamentos: "Eu não fiz nada!". É por isso que agora te apresento o novo conceito de nada. O "nada" que não fizeste foi a minha força, o "nada " que dizes não ter feito, foi teres ficado quando quase todos partiram, os convites que estreitaram ainda mais a nossa amizade, a partilha de espaços, amigos e afectos, as estadias em tua casa e no teu coração. O "nada" foram os afagos que me embalaram, os abanões que me travaram o desespero. O "nada" meu amor, são os abraços e a amizade que se colam à pele. Esse "nada" salvou-me a vida!
Em troca do "nada", beijo-te o coração. Todos os dias! E todos os dias, também rezo por ti!
Aceita, por favor, este também grande "nada" que tenho por ti.
Adoro-te

domingo, 21 de junho de 2009

(Tua) Força

Fecho os olhos e visualizo o teu sorriso
aprovador, satisfeito,
sinto o teu sorriso em mim
enquanto os teus olhos me abraçam,
também.
Leio nos teus olhos a felicidade
p'la minha nova alma
p'la minha força.
São obra tua.
Não recuses o mérito.
É todo teu.
O que sou neste momento
vem da semente de esperança
que plantaste no meu coração.
O que sou, o que vou ser.
Vou crescer, vou estar de volta,
por mim, por ti.
Devo-nos este regresso.
Estou a chegar.
Até já, meu amor!

Palavras de amor

As palavras que te digo, meu amor,
e as palavras que te escrevo,
são gotas de orvalho matinal,
são as águas da nascente
do riacho que desce vagarosamente a montanha,
são lágrimas de nuvem virgem,
que não sabe fazer chover.
As palavras que te ofereço meu amor
num poema nocturno,
numa ode matinal,
na estrofe do pôr do sol,
na repentina inspiração de um qualquer momento
são mais do que palavras.
Todas as minhas palavras (para ti)
são de amor.
São certezas, são futuro,
são presente e presentes de amor
são carícias, afagos, beijos, abraços,
juras que não preciso jurar.
As palavras que te escrevo meu amor,
e as palavras que digo,
são certezas de bem querer, para sempre.
Todas as minhas palavras para ti, meu amor,
são de amor e são para sempre.
Como este poema.
E este amor. Por ti.

É meu

O abraço, este abraço, o teu abraço
Está aqui, colado à pele,
Como tu.
Dás-me a mão, as duas mãos,
E ficamos assim
Neste momento mágico
de ternura.
Mão na mão, olhos nos olhos,
E mais um abraço.
Melhor que outro.
Só por isso te deixo partir.
Tem que ser.
Da próxima vez,
é muito melhor.
Amanhã...
é daqui a pouco.
Até já meu amor.
Agora vou sonhar contigo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Escrito no céu

Esta noite, Maria, quando disseres boa noite às estrelas, vais ter uma surpresa. Que te vai deixar um pouquinho mais vaidosa. Porque contigo, Princesinha, vaidade rima naturalmente com bondade, amizade e generosidade. E combina na perfeição com a beleza do teu rosto, espelho do teu coração.
Mais logo, Amiguinha, quando a noite adormecer a terra com um beijinho de Verão e acender as estrelas para melhor aconchegar os teus sonhos, passeia os teus olhinhos pelo céu e vê o poema que te escrevi. É um poema especial, onde as palavras são estrelinhas; descrevem-te como uma menina linda, doce, cativante, muito bem educada, generosa, excelente aluna, e muitas mais qualidades que vais naturalmente apurar - ainda mais -ao longo da vida.
Neste teu aniversário, deixo-te uma prenda diferente e algo original. Escrita no céu (também) da imensa amizade que tenho por ti, por vocês.
Com grande beijinho da (tia de coração)

Adelaide

Feliz aniversário Maria. Adoro-te(vos) muito

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sinais

Diz-me tudo de ti, o silêncio.
A ausência das palavras
Diz-me de ti, a felicidade
completa.
O afago do vento,
lembra-me o teu beijo,
em forma de brisa.
Envolvente a noite,
fala-me de ti
no silêncio das estrelas.
De ouro, a paz do vento,
o sussurro do mar.
De prata, o sorriso alvo da lua,
pintado no céu.
Em silêncio.
O silêncio das tuas palavras
que só eu posso escutar.
E também em silêncio,
desenho um poema de amor.
Em silêncio
Para não perturbar
O outro poema.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Just a song

Muda de vida se tu não vives satisfeito
Muda de vida, estás sempre a tempo de mudar
Muda de vida, não deves viver contrafeito
Muda de vida, se há vida em ti a latejar

"Mudar de Vida", António Variações

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Parabéns Helena Paula

De todos estes anos que nos conhecemos, de todos os momentos que partilhámos, lembro-me bem de todas as gargalhadas e do abraço solidário que nunca foi necessário pedir. E também me recordo dos famosos jantares de homenagem a "S. Receber". Da boleia generosa para locais baratinhos, da buzina estridente a dizer "já cheguei", dos martinis biancos que antecediam o repasto, dos brindes ao santo que reinava em dias diferentes do mês e nem sempre todos os meses, do regresso a casa às vezes com o carro travado, da força que renascia para voltar ao trabalho no dia seguinte.
Impossível esquecer também as diversas cores de cabelo que já lhe conheci. Os disparates que ainda fazem rir, as cantorias no estúdio, as partidas às "tias", aqueles momentos que embora sendo de um passado já um pouco distante, continuam tão presentes na memória e no coração. Na memória p'las boas lembranças. No coração, p'la afectividade.
Conhecer a Helena Paula é ter a certeza que a generosidade não ocupa espaço e cabe em metro e meio de altura. Com cabelo vermelho, ou de qualquer outra cor. É saber que a saudável loucura não tem idade e a boa disposição é uma constante nas 24 horas de cada dia.
A Helena Paula faz anos hoje. Estas linhas já poderiam ter sido escritas há muito tempo. Num qualquer dia do ano, dos quase vinte que nos conhecemos.
Feliz aniversário Lena.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Águas

Onde é que existe
um rio azul
igual ao meu...

Lavo os olhos e a alma neste rio. Neste rio de esperança. Neste rio colorido que abraça a cidade e a mim também. Neste caudal de riqueza, neste paraíso de golfinhos, neste prolongamento do azul do céu.
Neste fim de tarde, ouço o rio. O meu rio azul. Sussurra-me ao ouvido tudo aquilo que quero ouvir. Que gosto de ouvir. E como ouço bem as palavras do rio. As palavras de amor.
O meu rio está um pouco longe. E tu também. Sinto-vos aos dois tão perto de mim. Aqui.
E deixo-me navegar nestas águas que imagino tão perto. Deixo-me levar nesta maré de esperança. Nesta onda de bem querer que embala a minha vida.
É tão bom ser feliz!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Nada

Um punhado de areia na mão
Um punhado de esperança
Um punho erguido
contra nada
Um castelo de areia
à mercê do mar...

Escorre a areia da mão
Baixa-se o punho
As ondas devoram o castelo
Enquanto o punhado de esperança
se transforma numa montanha.
Acreditar. É preciso.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Veste-te de branco

Imaculadamente brancas as nuvens matinais lembravam-me uma alma boa. Lavada, leve. Estas nuvens não fazem chuva. Não pecam. Não se deixam sujar pela maldade do mundo nem p'la poluição. Estas nuvens choram de amor. Por amor. Estas nuvens choram para lavar a maldade. Sempre que choram banham-se de pureza. São nuvens redentoras. Salvadoras. Sobre a minha cabeça. Como se me quisessem proteger. E quando tapam o sol, pedem desculpa. E não demoram.
As nuvens. Tão brancas. Tão leves. Tão puras. As nuvens que me lavam a alma. E partem a seguir. Voltam mais tarde. Para rasgar a solidão. Para resgatar as almas solitárias. Como a minha. Às vezes.
Há pouco, no céu, uma nuvem só. Só uma. Espreguiçou-se. E disse-me ter um recado. Um recado do vento. Disse-me, sorri.
Não. Não foi o vento que mandou este recado, Dona Nuvem. Pois - respondeu - o vento também disse que sabias quem te pede um sorriso. Quem gosta de te ver sorrir. Quem te ama mais que o vento.
O recado da nuvem lavou-me a alma. E eu fui mudar de roupa. Para ficar a condizer.

Já chega!

Há dias em que apetece começar a praguejar logo de manhã. E mandar alguém aquela parte. Tenho a certeza que me ia fazer bem. Começo a ficar farta de alguns emails que recebo. Emails que visam criar correntes de... nada, certamente. Já não bastavam os spam e outros que tais, agora ainda me enviam os tais emails das chamadas correntes que terminam sempre com a clássica indicação: "manda para quinze pessoas e o teu pedido será atendido". Para tornar a coisa mais comovente, os tais emails trazem imagens de anjos, de Cristo e de causas solidárias. Para que fique claro, não tenho nada contra os anjos, Cristo e muito menos contra a solidariedade. Só peço que não inundem a caixa de emails com estas tretas.
Estou desempregada. Há muito tempo. Naturalmente à procura de trabalho. Todos os dias envio cv's, respondo a anúncios. E recebo respostas. Até agora pouco favoráveis. E no meio deste emaranhado matinal de emails, lá vêm "as correntes". Bolas! Levo mais tempo a apagar estas tretas que a ver o que realmente interessa. E recebo emails de gente com quem não mantenho qualquer contacto há demasiado tempo. Dou comigo a pensar que o meu email é uma forma de descarregar os tais "anjos" e afins. Se tiverem para mandar para quinze, depois de mandarem para mim, já só são catorze. Ora bolas!
Como já disse, não tenho nada contra anjos. Mas começo a aborrecer-me seriamente com os demoniozinhos que me entopem a caixa de correio eletrónico. Por esta altura, haverá quem pense que eu sou mulher de pouca fé. Enganam-se. Tenho fé, muita fé. E até gosto de anjos. Só que os meu(s) anjo(s) são - maioritariamente - pessoas de muito afecto, que amo. Amo muito. Que me amam. Que me apoiam. Que se preocupam comigo. E se o(s) meu(s) anjo(s) me mandar um email desses, até sou capaz de aceitar. Percebo a mensagem. E reencaminho. Por respeito, p'lo carinho por esse anjo.
Os outros vão todos para o lixo. Até porque - acredito - Deus e os anjos andam demasiado ocupados com as almas e de certeza que não têm tempo para verificar quem reencaminhou os tais emails para quinze ou mais pessoas.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Poder

Escreve Adelaide, escreve. Escreve mulher que até escreves bem. Dizem. E eu acredito. E escrevo. Mas hoje falta-me inspiração. Definitivamente ansiedade não rima com inspiração. E sinto que escrevo para matar o tempo. Não pode ser. Repito para mim e para as paredes da casa. E volto a escrever. Tento. Escrevo. Escrevo e apago. Escrevo e apago. E volto a escrever. E lá vou eu outra vez. Em busca de inspiração. Tenho que escrever. Algo que faça sentido. Preciso de escrever. Preciso de me rever, de me sentir, nas palavras. E penso. Penso que vou escrever. Tenho que escrever. Penso. Penso. Penso...
Penso em ti e escrevo. Agora já sei as palavras que vou escrever. Começo agora. A escrever. Para ti. Para ti escrevo sempre. Sempre bem. Porque as palavras ganham vida e alma por serem para ti. As minhas palavras - que - daqui a pouco são tuas. Palavras de muito amor. Por este amor imenso que tenho por ti. Este amor que me desperta, sacode, embala. Este amor seguro, imenso que tenho de ti. Este amor, meu amor que faz de mim um ser humano melhor. Este amor que ateia a esperança. Este amor, meu amor, que me faz acreditar que hoje é bom, amanhã é melhor e depois ainda mais. Cada vez melhor. Cada vez mais perfeito. Este amor, hoje, amanhã, depois, sempre. E para sempre é o meu amor por ti.
Agora ficava por aqui a escrever até nascer o sol. A escrever para ti. Tenho a certeza que consigo preencher esta imensa auto-estrada (onde não estou só, por te ter) com poemas de amor. De muita ternura. Para ti. Tens esse poder inato de me inspirar. E deixo-me levar nessa boa onda.
Páro na portagem. Páro de escrever. E mando-te o que escrevi. E de certeza que vou voltar a escrever.
Chegaram bem as minhas palavras? Acredito que sim.
Um beijo. Até já meu amor.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Eterno éter

Em memória de Paula Veríssimo
M. 28/04/09

Partiste pela calada da noite. Em busca da tranquilidade que uma doença prolongada, traiçoeira, te roubou. Por esta altura já terás reencontrado a paz e a harmonia. Tenho a certeza que uma estrela te recebeu com muita luz. A mesma estrela que esta noite vou ver brilhar - intensamente - no céu. Brilhar e sorrir. Porque é impossível estar ao pé de ti e não sorrir.
Conhecemo-nos na rádio, lembras-te? Na rádio Azul. Há muitos anos. Na época em que as rádios ainda eram piratas, numa altura em que juventude, vontade de fazer coisas novas e generosidade concentravam em nós uma vontade guerreira de vencer e naturalmente criar laços de cumplicidade para a vida. Ultrapassar todos os obstáculos. Com a força e a coragem que uma gargalhada pode dar...
As tuas gargalhadas, como me lembro delas. Logo pela manhã, a qualquer hora do dia. Só consigo lembrar-me de ti sempre a rir. E esta é a melhor memória que se pode ter de alguém. É assim que estás nas minhas boas lembranças. Porque as pessoas de quem gostamos ficam para sempre na memória e no coração.
Até sempre Paula Veríssimo. Voz da Rádio. Rádio Voz, Rádio Azul e agora - de certeza - na Rádio do Além. A animar o céu com a tua eterna boa disposição.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

(Beijo) Eterno

O meu poema é de amor
O meu beijo também
E ainda as palavras que te escrevo,
que te beijam por mim.
Como este poema
Que te afaga a alma
e te beija o coração.
Beijo-te e amo-te neste poema
beijo-te e amo-te todos os dias.
Beijo-te enquanto escrevo no céu
nas nuvens, no sol,
no intervalo das estrelas,
o (nosso) poema de amor.
Beijo-te amor no meu sonho
na vida, na esperança,
na força, na confiança.
Sempre que queiras meu amor
Tenho um beijo para ti.
Porque te amo!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Despertar

Hoje é dia de acordar o poema com beijos de amor.
Todos os dias são bons para acordar o poema com beijos.
Basta que sejam de amor.
Basta que seja dia.
Basta que me olhe no espelho e me veja sorrir.
E para sorrir só preciso de...
... Acreditar ser possivel acordar o poema e embalar o sonho
Com beijos castos de amor.
Acreditar que a esperança
é um abraço apertado que nunca me deixa.
Que está sempre aqui.
Como tu.
Hoje, meu amor, acordei abraçada ao poema
Beijei-o, como se fosses tu.
De cada vez que te abraço,
que te beijo,
escrevo um poema de amor.

Para ti.

Parabéns Sofia (desculpa)

Quando a minha amiguinha Sofia nasceu, cabia na minha mão. Convém explicar que a Sofia foi uma bebé apressada e nasceu antes do tempo previsto. E até queria nascer mais cedo. Parecia não ter medo do frio que se fazia sentir naquele inverno ainda não muito distante. Passaram-se... dez anos!!?
A Sofia nasceu pequenina e muito, muito bonita. Cresceu e continua linda. É naturalmente vaidosa, tem voz de anjo e um arzinho seráfico que não ajuda a acreditar que um dia, com pouquinhos anos de vida, anunciou à família que ia "sair" de casa por se sentir incompreendida. E até fez uma espécie de mala. Recordo que por essa altura, a mãe disse-me que a Sofia saía à tia (emprestada).
Também me recordo de outras peripécias protagonizadas pela Sofia. Mas não vou revelar, né? Afinal a Sofia agora já é uma mulherzinha e pode ficar constrangida. E por falar nisso, sou eu que estou constrangida. Tenho boa memória mas ontem, Sofia, desculpa meu amor, esqueci-me que era dia 15. E estou aqui a tentar redimir-me. Agora. E a preparar os ouvidos para as palavras "simpáticas" com que a tua mãe me vai brindar.
Amiguinha, amigos, desculpem. Há dias em que não sei bem a quantas ando. Sei que gosto muito de vocês, todos os dias, mesmo quando não digo e não apareço.
Parabéns princesinha. Perdoa o atraso.
Um beijo grande no teu coração

Adelaide Coelho

terça-feira, 14 de abril de 2009

Bálsamo

Conto pelos dedos os dias que faltam e...
falta saber quantos dias.
Repetem-se os dedos, repetem-se os dias
Doem os dedos, doem os dias.
E não dói a alma
Dormente da dor que não sinto.
Apagas-me a revolta
que me consumia
Acendes a esperança
na minha alma fria
Ateias-me a vontade
de voltar a ser...
Faltam-me palavras
para te agradecer
Por te amar tanto, dou-te tudo o que tenho
Amor

sábado, 4 de abril de 2009

Principezinho

É de ouro este menino. É simpático, alegre, bem-educado, sensível, solidário, bonito. É muito bonito este menino. Tem um rosto bondoso e o olhar entornado de ternura revela a alma grande e transparente.
Tenho a certeza que a bondade deste menino começou no cordão umbilical, nos genes de quem lhe deu vida.
Chama-se Manuel este menino. Cresce saudavelmente e um destes dias torna-se um homem. Naturalmente com coração de menino. Porque seres humanos assim - bonitos - crescem em maturidade e generosidade.
O meu amiguinho – sobrinho de coração – faz anos hoje. Feliz aniversário meu querido Manel. Tudo do melhor. Gosto muito de ti. De vocês.
Um beijo grande. No coração.

Adelaide

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Actualidade


(...)
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas serras atalhos
veredas lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
(...)
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer l
atifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!

Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!



Excerto do poema "As portas que Abril abriu"

José Carlos Ary dos Santos

sexta-feira, 27 de março de 2009

Asas

Sempre que escrevo
Voo,
Sempre que sonho
Elevo-me.
Quando penso em ti
Ganho o céu
Sento-me nas nuvens
Toco as estrelas.
Quero voar, agora.
Voar até à lua
Adormecer no quarto crescente,
Embalar a esperança
O sonho e a vida.
E amar-te sempre...
Antes, depois,
E durante o voo.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Memórias...




In Sem Mais (revista) - Década de 90

quarta-feira, 25 de março de 2009

Beijo(-te)

Escrevi-te um beijo em letra redonda. Pintei-o de ternura, abracei-o com amor. E o beijo ganhou vida. Elevou-se no céu e voou. Ao teu encontro. Para te agradecer um outro voo, nas asas do sonho, ao colo da esperança. Para te agradecer o azul que pintas no meu céu, o sol que me aquece a alma, a brancura das nuvens que afasta a tormenta. Para te agradecer meu amor, este amor imenso. Em forma de esperança. Em forma de força. Essa força incondicional que me faz acreditar. Que sim. Que vou. Que consigo.
Este beijo é especial. Por isso é todo teu. Só teu. Um beijo concebido para ti. Para depositar no teu coração, palácio de afectos, ternura, bondade, confiança.
Beijo-te agora, que o meu beijo chegou até ti. Beijo-te agora, beijo-te todos os dias. No silêncio e no ruído. No sorriso, na lágrima que espero que não caia, na noite estrelada, na madrugada cinzenta. Beijo-te porque te adoro. Beijo-te porque sim.
Este beijo, mais do que um gesto de afecto, é um afago no teu coração. Este beijo é respeito, ternura, afecto, amor, reconhecimento, gratidão, carinho, lealdade, eternidade. Este beijo é único e é teu.
Schuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaacccccccccccccccccccccccccccccccc

quinta-feira, 19 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

Quando o telefone toca...

Sorrio. Atendo. Meu amor. E ouço a tua voz. Escuto o bater do teu coração. Vejo a tua alma. Falamos. De nós. Da vida. Da nossa vida. Das nossas vidas. Tão boas que são as nossas conversas. Ficamos minutos, horas, a conversar. Naturalmente.
Estamos longe e à distância de um telefonema. De um pensamento. Das palavras que sentimos. Das promessas que não dizemos e trocamos nas entrelinhas. E ficamos tão perto. À distância do abraço que nunca apetece desfazer, do afago, do beijo.
Amo-te. Agora. Daqui a pouco. Amanhã. Depois. Sempre. Toda a vida.
Amo-te. Antes, durante e depois do telefonema. Sempre.

sábado, 14 de março de 2009

Noite (amiga)

Fumava tranquilamente. Saboreava. O cigarro e o silêncio da noite. E a cumplicidade das estrelas. E a carícia que a brisa nocturna lhe fazia no rosto. Como se fosse uma mão. Como se fosse um beijo. O beijo da noite. Noite cúmplice e amiga. Sentia-se tão bem a olhar as estrelas e a fumar aquele cigarro. Não queria que o cigarro acabasse e muito menos aquele momento de tranquilidade. Sentia-se em paz. Em paz com a vida. E na noite de poucas estrelas conseguia ver o sorriso. Da vida. A renascer. O sorriso da vida a bordar o céu de esperança e a vida também.
O ventinho nocturno fez-lhe uma carícia prolongada no rosto. E num sussurro, contou-lhe um segredo. Sorriu. Agradeceu. Despediu-se da noite e das estrelas. Fechou a janela.
Sentou-se ao computador, sempre a sorrir e escreveu.
"Acabei de receber a tua mensagem. Boa noite meu amor!".
Pelo sonho é que vamos. De mãos dadas. Com a esperança. Tu e eu. Nós!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Rosas


Na "linguagem das flores", rosas amarelas significam amizade. Dizem. E eu acredito. Até porque gosto muito de rosas amarelas. E adoro a nossa amizade. Esta rosa é para ti. Representa o sol astro - rei, o sol da nossa amizade, o sol que todos os dias sinto que também nasce para mim. O sol que também todos os dias trazes à minha vida.
Esta rosa é para ti e este beijinho também.

terça-feira, 3 de março de 2009

Certeza

Durmo pouco. E quando durmo, durmo mal. E acordo inquieta. É hoje. Penso. Quero acreditar. Quero que aconteça. E quando não durmo, continuo a sonhar. Que é hoje. Acredito. Quero. Acontece. Ainda não. Porquê? Eu quero. Quero muito. É o que eu mais quero. E faço tudo por isso. Porque quero. Quero tanto. Quero. Quero trabalhar.
E nunca deixei de querer. Nunca. Nunca deixei de procurar. E não deixo. E vou continuar. Continuo. Quero. Vou.
Quero. Gosto muito. Preciso. Como todos os mortais. Quero. Sei que sou capaz. Tenho força. Força de vontade. Empenho. Sei. Sei fazer. E se não souber, aprendo. Gosto de aprender. Também.
Quero. Que me olhem com respeito. Porque quero. Porque tenho esse legítimo direito. Porque mereço. Porque sou uma senhora. Senhora e desempregada. Desempregada por enquanto. Senhora, sempre. Senhora de mim.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Disponibilidade (total)

Nos tempos que correm, neste meu tempo incerto a raiar o absurdo, ouvir “estou sempre aqui para o que precisares” é um manjar de força, uma ceia de esperança. Que alimenta a mente e a alma também. A esperança mora aqui. No meu coração. Na minha casa. Na minha rua. No teu coração. Na tua casa. Na tua rua. É tão bom ouvir mensagens de esperança. De amizade.
Amizade. Palavra sagrada. Que eu venero. Que abraço. Como te abraço também. Com força. Carinho. Dedicação. Respeito. Às vezes sinto que me faltam as palavras para te agradecer a amizade imensurável que me ofereces diariamente. À falta de palavras, deixo-te a garantia. Comigo, a amizade é para sempre. Também eu, meu amor, estou sempre aqui. À distância de um pensamento. Com o coração de portas abertas para te receber. Até já.
Mil beijinhos

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Ao contrário

O mundo
De cabeça para baixo,
O sol por debaixo da terra
A lua por debaixo do sol
E alguém por debaixo da vida
(Quase sem forças)
A rasgar caminho.
Cava a sorte
Com a enxada da vontade
Constrói o destino
Com a pá da esperança.
A palavra certa é vencer.
É preciso inverter o mundo
A sorte
A vida
Por ti. Por mim. Por nós.
Porque é urgente
A esperança.
Porque acreditar é preciso.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Fogo

Acende-se a lua
na noite escura
Acende-se o beijo
na noite fria
Acende-se a lareira
na sala grande
Acende-se a saudade
de ti

Cobre-se a alma nua
lavada em esperança
Veste-se de vermelho
o coração mimado
Vou sair deste filme
Agora.
Com os olhos postos no céu,
brilhantes de amor,
por ti.

Vou...
Levo-te comigo.
Vou...
para junto do teu fogo,
que aquece a noite
que me aquece a alma.

Boa noite meu amor

Acendo o cigarro como quem acende a esperança. Fumo-o como se fosse o último. Como se não houvesse amanhã. Embalo a esperança, adormeço a alma e tento adormecer também. E sonho. Com os olhos abertos. Com os olhos postos nas estrelas. Sonho e acredito. No que quero acreditar. E acredito que sim. Que vou chegar. A bom porto.
Acendo mais um cigarro. Na calada da noite. É o último de hoje. Como este cigarro, mastigo-lhe o fumo. Como se a ponta rubra de fogo, fosse um prenúncio de sorte. É a última passa. Adio-lhe a morte certa - do cigarro - por mais uns minutos. Aproveito para dizer até amanhã à lua.
Imagino-te em forma de estrela. A estrela mais bonita do céu. Pisco-te o olho. A estrela retribui. A estrela e tu. Acabo com o que resta deste cigarro. Beijo-te, com o meu coração.
Até amanhã meu amor

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Cores

A vida pode ser vermelha de paixão, ou amarelada de tédio. Ou cinzenta de tristeza. Ou negra de mau azar. Ou azul da cor do céu. E com sorte, a vida pode ter as cores do arco - íris. Mas há dias em que a vida é cor de burro quando foge. Cor de nada. Passemos à frente e vamos novamente à paleta do pintor. Vamos escolher cores e vamos pintar. A vida. O sorriso. A felicidade. A esperança. A amizade. O amor.
Pinta-se a vida de vermelho? Pode ser! Rubra de amor, que se pinta quase da mesma cor. E de um vermelho mais vivo, pinta-se a paixão. Está perfeito. Não se mexe mais. E agora vamos ao verde. Verde, verdinho, clarinho e cristalino, verde mais escurinho, verde garrafa, pintamos a esperança. Em tons de terra, terra quente, castanho - avermelhado, pinta-se a bondade. E a amizade pinta-se com o azul mais bonito do céu. E agora, que vamos pintar a seguir? Os sorrisos, pois claro. Da cor do sol. Quente e radioso. E a felicidade pode ser alaranjada. Para que o quadro fique perfeito, deixamos de fora o preto e o cinzento. Para não borrar a pintura.

Ânimo

Façam-me rir mas por favor não me contem anedotas. Sobretudo anedotas parvas. Agora que penso nisso - tenho imenso tempo para pensar, sabiam? - parece-me que todas as anedotas são parvas. E fica por aqui a conversa das anedotas. Mas, vá lá, façam-me rir. Tentem. Contem-me coisas com graça. Com muita graça. Que me façam rir. Estou a precisar de dar umas boas gargalhadas. Daquelas sonoras. Que estremecem as paredes. Que enchem a casa.
Pois é. São poucas as pessoas que me fazem rir, que me desenham um sorriso nos lábios. São tão poucas que - se calhar - as posso contar pelos dedos das mãos. Mas os pouco são bons. E até quando não me fazem rir. Porque lhes sinto o abraço, o ombro amigo, a mão estendida. Porque lhes vejo o sorriso, a alma lavada, o coração grande. E por isso beijo-lhes a bondade. Agradeço-lhes a disponibilidade. Porque mesmo quando não me fazem rir, tentam. Sem ser com anedotas parvas. E quando não me fazem sorrir à primeira, continuam a oferecer-me um imenso sorriso, um abraço, uma semente de esperança. E lembram-me a necessidade de continuar a acreditar.
Acredito.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

De volta

O meu pai já está em casa há alguns dias. E eu tenho a alma lavada. Doeu a ausência, a incerteza, um certo medo. Doeu muito! E voltou a doer depois de um pequeno susto que o levou de novo ao hospital com um pouco de febre. Agora está a melhorar. Devagar. Também não há pressa. Vivemos apenas um dia de cada vez.
Existem momentos na vida em que percebemos mais claramente quais são as prioridades. E os amigos também.
E compreendemos que é melhor viver um dia de cada vez.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Força

Afinal o meu pai não tinha só "bicos de papagaio" (ver http://pelosonhoehquevamos.blogspot.com/2009/01/eficiencia.html). Na madrugada seguinte queixava-se tanto de uma forte dor no peito que o levei - novamente - para as urgências. E ficámos a saber que estava com uma pneumonia. Ficou internado.
Não vale a pena partilhar o que se sente quando se deixa o pai no hospital e se vai para casa contar à mãe. E no caminho se telefona à mana. Não vale a pena (d)escrever o que se sente antes e depois de cada visita ao pai.
Quem já deixou o pai no hospital, sabe bem o que fica. Como se fica. Quem não passou pela experiência, não precisa de saber. Se um dia tiver que ser, vai sentir. Mas não vale a pena alimentar qualquer curiosidade.
Agora o tempo é de esperança. De força. De coragem. De união. Pelo pai, pela mãe, pela mana, por nós. Estamos juntos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ora bolas

Já não se pode elogiar.
Depois explico.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eficiência

Tenho 46 anos, e pela primeira vez na minha vida, fui bem atendida no Hospital de S. Bernardo em Setúbal. Pela primeira vez - realço - fui bem atendida, sem necessidade de recorrer a conhecimentos ou cunhas. E com a mesma naturalidade com que me indignei quando me senti menos bem naquela instituição, hoje estou aqui para elogiar o bom serviço.
Estive hoje nesse hospital, a acompanhar o meu pai. Queixava-se de uma dor lombar que poderia indiciar muita coisa, aliada à gripe que oportunisticamente o atacou. Liguei para o INEM à procura de ajuda. Indicaram-me o hospital, por causa da dor lombar. A febre já tinha baixado mas a dor lombar causava alguma preocupação. Em pouco mais de duas horas foi atendido, medicado, radiografado e diagnosticado o problema. Com uma eficiência que não tenho memória.
Fico agora com essa boa lembrança. Por isso partilho este testemunho. Porque o profissionalismo, a simpatia, a eficiência e a rapidez merecem este reconhecimento.
Já agora, a dor lombar foi provocada por "bicos de papagaio". Dentro de dias, o pai vai estar completamente bem.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Grandes medidas

O governo ordenou a retirada das caixas de multibanco dos tribunais para... acabar com os assaltos. Porque as portas dos edifícios não tinham as devidas medidas de segurança, porque as atm's não estariam devidamente encastradas. Ao cidadão comum pareceria mais saudável reforçar a segurança. Ao governo, nem por isso. Cortou o mal pela raíz.
Perseguindo a lógica governamental, não me espantaria nada se o governo proibisse a circulação de viaturas de luxo para evitar o carjacking.
Numa altura em que o país afia a lingua para comentar os recentes encândalos que envolvem o Freeport, o governo manda retirar atm's dos tribunais. Ainda bem! Porque podia ser bem pior! Poderia este governo atentar contra a democracia, mandando calar os jornalistas que investigam este caso tão mediático.
E queixa-se o primeiro ministro da política do bota abaixo. Ora bolas!

De volta

Vai alto Janeiro e muito demorado. Lento, lentinho, parado. Uma inércia que enlouquece, tira do sério, arrefece a alma, despedaça o coração. Há uma dor, forte, no peito. Dor de fraqueza, de impossibilidade, de rendição.
A estrada bifurca-se. De um lado o caminho dos coitadinhos, sem alma, amor, vontade ou respeito. O caminho espinhoso do egoísmo que leva à loucura e à tormenta. Do outro, a auto-estrada. A via rápida para quem quer vencer, voltar, recuperar, recomeçar, mostrar que vale a pena acreditar. O caminho certo para chegar, reconquistar, vencer.
Estar de volta é escolher um dos caminhos. Estar de volta é fazer-me à estrada. Estar de volta é recusar vestir a pele de avestruz, negar a rendição, a depressão, a loucura.
Estou de volta! Porque me devo uma oportunidade. Porque mereço um regresso. Por recusar que todos são mais fortes que eu, por acreditar que vale a pena continuar a lutar. Estou de volta! Porque tudo o que tenho vale mais que o facilitismo da derrota. Porque tenho e sinto amor, capacidade, empenho, vontade. Por saber que sou capaz.
Estou de volta para reconquistar o que me pertence. Um dia tropecei, caí e quase me afoguei na derrota. Salvou-me a esperança, a confiança e o apoio incondicional dos que me amam. Por mim e por eles estou de volta. À escrita, à vida, à luta. Pelo respeito e pelo amor que me mereço, que merecem os confiam (sempre confiaram) em mim.
Estou aqui.