quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

sábado, 4 de dezembro de 2010

Laços

Definitivamente só gosto de nós... de marinheiro. Dos outros, não gosto nada. Muito menos de nós na garganta. Do que gosto mesmo é de laços. A diferença entre uns e outros fala por si. Os laços são bonitos e até os que pareciam tão frágeis e efémeros, são os que mais perduram. No tempo, na alma, no coração, nas melhores memórias. Laços são promessas e palavras que nascem no peito e que se dizem/cumprem com amor. Laços são mãos e palavras entrelaçadas. Laços são abraços colados à pele, laços são sorrisos nos olhos e no rosto. Laços são poemas de afecto e cumplicidade. Laços são certezas.
Laços são próprios de quem ama porque amar é bom. Laços combinam com pessoas bonitas que amam por amar, amam porque gostam, amam porque sim. Amam e confiam. Amam e sentem orgulho nos que amam. Laços são fatos de gala para gente que ama e confia, gente que ama e deixa crescer, gente que ama e abraça, simplesmente, porque ama. Laços são presentes de afecto que se oferecem tão somente porque se ama.
Dos nós não reza a História e eu só gosto, muito, de laços. Dos laços que fazem parte da minha vida.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Birrinha precoce

A minha amiga: Irra, que tu levantas-te cedo! Porque é que já estás a telefonar?
Eu: Bom dia também para ti! Ainda não me levantei, sabias? (Essa foto foi tirada há uns dias), eheheheh. E estou a telefonar apenas para te dar um beijinho, ora!
A minha amiga: Pronto, amiga, obrigada. Já deste o beijinho, agora podes voltar a dormir que é o que eu vou fazer também. Até logo!
Eu: Tu vais dormir porque os bebés precisam. Eu não! Já sou "grande", amiga! Olha, depois de dormires, podemos brincar?
A minha amiga: Brincar?!!!! Ora! Achas que posso? Achas que tenho tempo, entre o banho, o biberão e a mudança das fraldas? Eu tenho que descansar muito, sabias?
Eu: Pois, e também me parece que estás com uma grande birra e birras são coisas de meninas mimadas, mal educadas e feias, prontos! E tu, és muito, muito, muito linda! Prontos, prontos, prontos!
A minha amiga: Lá estás tu!!! Nunca desistes, é?
Eu: Não, nunca desisto! Os "grandes" dizem que nunca se deve desistir de um amigo. Logo, nunca vou desistir de ti! Tu és a minha melhor amiga! Tenho que lembrar sempre, é?
A minha amiga: Teimosinha, hã?
Eu: Teimosinha, não! Persistente, como dizem os "grandes"! Olha, fazemos assim! Tu agora vais fazer um bom ó-ó e quando acordares, mudas as fraldinhas, papas um biberão, e depois brincamos...
A minha amiga: ... com esta chuva toda, vai ser uma grande brincadeira! Ora bolas, desiste, sim?
Eu (enquanto bato o pé ruidosamente): Não, não e não, nunca! Não desisto, prontos! E se está a chover, a culpa é só tua! As birras das crianças mexem com o tempo, sabias?
A minha amiga: Ai é? Pois olha, aqui está a "descobrir" o sol!
Eu: Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiva! Então vai lá fazer o teu ó-ó e quando acordares, brincamos! Até porque nessa altura, já vamos ter sol aqui também! Yuppi!!!
A minha amiga: Chata!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu: Eu também gosto tanto de ti, querida amiga! Olha, tive uma ideia que tu vais amar: depois do teu ó-ó, fraldas e biberão, vamos brincar aos "grandes"! Fazemos assim: pego-te ao colo (prometo que nunca te deixo cair) e trago-te para aqui. Vamos almoçar ameijoas, choco frito e salmonetes na Tasca da Fatinha (eu peço para fazerem doses de bebé e criança) e depois vamos ao Parque Urbano da Albarquel ver os golfinhos no rio azul e ainda Tróia e a Arrábida ao fundo, brincamos no jardim... vai ser tããããão bom!!!
A minha amiga: Tenho que dormir sabias? Até logo!
Eu: Está bem amiga! Quando acordares vais estar bem melhor! Toma lá estes beijinhos e miminhos para te embalar o sono. Até logo, schuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaac! Adoro-te!



Pena d'Ouro

Ela leva um jeito especial para jogar com as palavras e o resultado está bem à vista. Sete livros no mercado, alguns premiados, todos reconhecidos. Porque assim é o caminho certo! Vale muito a pena ler os livros de Ângela Dutra de Menezes, saborear cada palavra e no caso de "O Português que nos Pariu" e "Mil anos menos cinquenta", fazer uma viagem de regresso ao passado, mergulhando nas origens de Portugal, olhando a História sob o prisma de um olhar carioca, cujas raízes também remontam a terras lusas.
Ângela Dutra de Menezes leva também um jeito especial para com as pessoas. Sabe bem como cativar - também à margem da escrita - sabe melhor como plantar amizades e conquistar respeito e afeto.
Gozado é o fato de nos conhecermos há tão pouco tempo e eu considerar que a conheço desde sempre. Tem pessoas que é assim mesmo e ainda bem que assim é!
Minha amiga Ângela está hoje de aniversário. Todas as palavras que acabei de escrever poderiam ser publicadas em qualquer dia do ano.

Parabéns Ângela e continua assim, no caminho certo
Um beijo,

Adelaide

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miminhos

Podia esperar pelo teu aniversário para te dedicar um post especial mas, não era a mesma coisa, né? Até porque os miminhos não têm hora e sou, como tu dizes, "lamechas". Ficas a saber que sou mais do isso! Sou mesmo do tipo "peganhenta", eheheheheh.
Recordo-me que um aniversário teu, há nove ou dez anos, foi a semente desta nossa amizade que agradeço ao céu todos os dias.
Voltando às memórias e aos miminhos; conhecer-te é também acreditar que vale a pena. Conhecer-te é nunca desistir. É seguir em frente sabendo que existem sempre dois ombros disponíveis, um abraço apertado, duas mãos que se estendem e me levantaram do chão mesmo quando o peso era demasiado, é nunca sentir a solidão. Chamar-te Amiga é uma oração de esperança e afecto.
A foto ao lado foi tirada - creio - no ano em que tu nasceste. E descobri há uns anos a razão do meu ar tão concentrado. Estava a ler uma revista do futuro...
Fazer anos, sejam quais forem, não dói. É celebrar a vida, com tudo o que ela nos dá. Se não é tudo o que sonhámos, continuamos a correr atrás do sonho. Porque, pelo sonho é que vamos, Amiga. Muito do que sou/penso hoje devo-te a ti! E devo-te muito mais, incluindo a vida! São excelentes razões para te escrever este post, em jeito de presente antecipado. No dia do teu aniversário, escrever-te-ei um outro, de certeza mais bonito, de certeza - também - escrito com o coração!
Por isso pára lá com os dramas pré 43. Se querias uma dose suplementar de mimo, bastava dizeres.
Gosto muito de ti, minha querida Amiga

Um beijinho, na catedral dos afectos

sábado, 13 de novembro de 2010

Dois em um

Podre de sono, rendo-me às palavras que nascem nas pontas dos meus dedos, ganham vida neste teclado. Danada com a noite fria e cinzenta, rendo-me ao sonho e à esperança. Vou morder a noite , que nada me diz, elevar-me acima da neblina que encobre as estrelas, e chegar à Lua para conquistar uma fatia - generosa - de poesia, para oferecer ao meu amor.
Regresso à Terra e as palavras continuam a nascer nas pontas dos meus dedos, ganham vida neste teclado, elevam-se à raiz do pensamento, mergulham no verde dos teus olhos, entornado de esperança e ternura, onde agora me apetece submergir, suavemente... e ficar colada no eterno abraço.
Escrever e amar de uma só vez é possível. Contigo!

domingo, 7 de novembro de 2010

Certezas maiores

Tinha a certeza que se procurasse bem, ia encontrar uma estrela no céu! Por cima da minha janela, a piscar-me o olho! De certeza que foste tu que lhe pediste para vir até aqui. Só pode! Ela pisca-me o olho, provoca-me e está nitidamente a gozar comigo. Como tu sabes fazer tão bem!
E sabes fazer muito mais. Lembro-me bem como em tempos me ajudaste a recuperar o ego adormecido, moribundo, perdido no pântano do desespero. Lembro-me bem como me "chocalhaste" e abraçaste, lembro-me sempre da presença assídua, do apoio incondicional, dos miminhos, da confiança total. Tudo ficou, colado à pele e naturalmente cresceu! E continua, porque há "coisas" que são para sempre!
Tenho de ti as maiores certezas! És, para sempre, o amor mais alto, o meu amor maior. Estás sempre à distância de um pensamento, disponível para aquele abraço que nunca preciso pedir, com um sorriso de esperança, aquele olhar mágico entornado de verde e ternura. Devo-te tanto, muito, inclusive a vida que me ensinaste a amar!
Ficar a teu lado incondicionalmente, abraçar-te (e "chocalhar-te" se preciso for), elevar-te à raiz do pensamento, beijar-te as mãos e o coração e dizer-te que estou sempre aqui e nunca vou desistir de ti... é tão pouco!
Também de amar, nunca te deixo!
Adoro-te! Muiiiiiiiiiiiiiiiiito!
Um beijo, na catedral dos afectos

Adelaide


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mimos

Estes são especiais. Cozinhados exclusivamente para ti. Doces e com a particularidade de apenas engordarem o ego e a auto-estima. Contêm ternura, carinho, respeito, disponibilidade, afagos no rosto, abracinhos compridos, dois ombros fofinhos para te apoiares, uma generosidade que apurei contigo, um enorme orgulho em ti, este amor maior do tamanho de todos os mundos e mil beijinhos no (teu) coração.
Bom apetite meu amor.
De amar, nunca te deixo!

domingo, 10 de outubro de 2010

Berço

Foto: D.R.

Outono combina com o mês em que nasci e onde renasço desde sempre. Nasci algures por aqui... Entre os vermelhos dourados e os amarelos alaranjados da vida. Entre a esperança que aumenta e o sonho a crescer... no azul da esperança, sempre! Entre a vida que amo cada vez mais, e o que lhe dá mais sentido. E os meus amores mais altos; a família e os amigos, a família que o meu coração escolheu!
Cada época do ano tem uma cor, própria, mágica! Cada amor, mais alto, ainda mais! Mudam-se as cores e aumentam e rejuvenescem os amores... e as cores são - apenas - pedaços da memória que se podem/querem recuperar. E os afectos também!
Amar-te é a missão maior da minha vida!Amar-te sempre, depois de te amar! Nas palavras que escrevo, nas coisas que digo, em tudo o que faço... amo-te... muito! Sempre!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Tavinho@ceu

Em memória
de Gustavo Batista

Agora que me vês de um plano mais superior, aposto que vais aproveitar para esmiuçar os meus cabelos brancos e dizer-me, espero bem, ao ouvido, quantos são. E logo a seguir vais animar-me com uma daquelas tuas piadas tão espontâneas que me fazem rir muito.
O teu sentido de humor, a tua generosidade, a tua capacidade de sonhar e o teu apetite devorador são momentos que me me ficam para sempre na memória. As gargalhadas que demos juntos, os almoços, lanches e jantares, as noitadas e os simples cafés... Tudo fica, colado à pele, aconchegado no coração.
Agora que reforçaste a orquestra "lá em cima" consola-me saber que vou ter boa música a embalar-me o sono e os sonhos.
Esta noite vou ter mais uma estrela a piscar-me o olho e sei que vais ser tu. Reconhecer-te-ei entre todas as outras, pelo tamanho e pela marotice da piscadela.
Até sempre amigo
Um beijo, no coração

Mimi (porque sempre me chamaste assim)

domingo, 12 de setembro de 2010

Arroz doce


No dia do seu aniversário, Waguinho deverá comer uns belos pratos de arroz doce para melhor comemorar. E, sempre que come arroz doce, ele fica com uma expressão super feliz. Na verdade, ele fica sempre muito, mesmo muito feliz sempre que come... qualquer doce!
Waguinho é uma daquelas pessoas que vale muito a pena conhecer. E meu coração transborda de orgulho e ternura por lhe chamar amigo. Meu Amigo é uma pessoa muito especial. Ele vive avisando que não leva jeito com as palavras mas sempre que fala, fala bonito. Dá uns belos abraços, tem um grande sorriso, um coração do tamanho do mundo, um olhar doce de menino e poeta!
Parabéns meu querido amigo. Também por seres desse jeito.
Um beijo, na catedral do afectos (o teu coração)

Adelaide

domingo, 5 de setembro de 2010

Amigos...

... São poemas, de métrica (quase) perfeita, com rimas doces em formas mágicas de bolos intemporais, sobremesas de ternura, beijos no coração! Amigos são seres mais altos de amor que ficam, sem nunca terem partido... Amigos, são afectos maiores que se colam à pele! Amigos são beijos entornados de ternura e olhares e vozes de veludo, amigos são abraços quentes e refrescantes consoante o momento, amigos são, amigos, sempre!
Porque a amizade desconhece prazos, tempo, validades, porque dizer/escrever a palavra mágica é um ritual sagrado, como sacro é o momento em que te elevo à raiz do pensamento, beijo-te a alma e também o coração! E ainda beijar-te e afagar-te o rosto, porque amizade é querer-te sempre, na ausência, na presença, nesse meio tempo de afectos pendurados no varal da existência, porque amizade é lembrar-te e beijar-te antes, depois, durante... e em todos os intervalos e momentos da vida... Também porque a minha vida era nada... sem ti!

sábado, 4 de setembro de 2010

Reencontro...

Dispo-me de branco e vou... ao encontro da noite. Onde as palavras são mais livres e a minha imaginação também! De noite, somos todos mais iguais, porque a noite - cúmplice - permite cavalgar as palavras como se fossem ondas, mergulhar e nadar no sonho, tocar e beijar as estrelas... De noite, os beijos são mais de veludo, os abraços mais intensos, o amor, é muito mais amor!
Cada noite é mais mágica desde que... porque sim! Porque também os beijos são - na noite - mais castos e mais ardentes, mais puros e mais... "apetitosos"! Beijo-te no minuto certo da saudade, nos momentos apertados do stress, na hora certa da ternura, em cada segundo do nosso amor. Beijo-te nas meias horas da incerteza, beijo-te... sempre que o meu amor (por ti) desejar... E, beijar-te-ei, sempre que a noite esteja povoada de estrelas ou despida de luz.
Dispo-me de branco e de todo o arco íris, só para te beijar. O corpo e a alma... Beijo-te nesta madrugada cinzenta, ausente de cor e de estrelas. Beijo-te entre a neblina apertada, cerrada, que me corta os ossos, beijo-te no calor da (outra) noite seguinte. Beijo-te sempre, enquanto te amar. E amo-te, muito, sempre

domingo, 29 de agosto de 2010

"Faro"

Há anos que é assim. Apanhas-me nos anos e eu corro, corro, corro, como se não houvesse amanhã. Corro até Outubro. E lá quase no final, paro. Sento-me, espero. Deixo entrar mais um ano. E assim fico novamente mais velha do que tu.
E enquanto não chega esse dia, e porque hoje é o teu dia especial, escrevo-te em letras redondas de ternura a enorme amizade que tenho por ti. Escrevo-te e abraço-te em cada letra desta prosa, por cada sorriso, cada momento, todos os momentos. Porque todos os momentos são de muita cumplicidade, de muita ternura, até mesmo aqueles que às vezes não pareciam. Afinal, quem é mais fácil de abraçar e até discutir? Os amigos! Amigos são seres especiais que ganham estatuto de irmãos, no lugar sagrado dos afectos.
Amigos são abraços, ombros, mãos, olhos, refúgios, portas abertas para a esperança.
Ainda gostas de faróis? Eu também. E o Cabo Espichel continua tão próximo daqui.
És umas das melhores pessoas que eu conheço. E tenho saudades dos abraços dos "Bonitinhos".

Um beijo, na catedral dos afectos
Adelaide

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A Lua não faz falta...

Temendo derreter na voragem do calor tórrido de Agosto, a Lua indignou-se e arrastou as estrelas para um protesto universal de escuridão. Deixou a noite escura, (quase) sem graça. Logo hoje, que eu queria muito escrever(-te) ao luar...
Persistente, escrevo. Porque escrever faz parte de mim! Porque a escrita corre-me nas veias, as palavras nascem em mim e não me apetece abortar esses filhos, que começo a beijar e a amar ainda antes do acto da concepção...
A noite está sem Lua mas não perdeu predicados, adjectivos e todos aqueles pequenos itens que dão mais sentido à vida. O romantismo reacende-se com coisas simples, como olhares incendiados de cumplicidades e beijos, toques, sentires, ainda velas, lareiras e outras luzes artificiais, e o amor exalta-se com o calor genuíno da paixão nascente dos corações em fogo. A Lua pode continuar de folga, de férias, de greve, etc. Eu continuo a escrever por ser a forma mais sublime de fazer amor com as palavras, com o sonho, com a vida, contigo. É sentir um querer maior nascer na ponta dos dedos que afagam o teclado da ternura, enquanto procuram dedos de outras mãos... as tuas, as tuas mãos onde rabisco, traço, desenho, escrevo, assino, o amor que tenho por ti. Para te falar de amor, não preciso da Lua. Só preciso... de ti!

sábado, 21 de agosto de 2010

Coração de veludo

O olhar de veludo espelhava um coração de menino. A vontade de correr atrás do sonho, crescer, aprender, ser melhor, permitiam antever o futuro. Futuro que é hoje um excelente presente! O menino cresceu, tornou-se um homem de (muito) bem, um grande profissional, um pai de família babado! E continua a ser um dos meus melhores amigos!
O Pedro Conceição mantêm hoje todas as qualidades que lhe conheci há vinte anos. Continua a ser doce, lindo, generoso. Reconheço-lhe a ternura em estado puro, reconheço-lhe a autenticidade e reconheço em mim um enorme orgulho no "meu Pedrocas"!
Só os fartos e revoltos caracóis - que em tempos lhe emolduravam o rosto - sucumbiram às curvas da vida. Tudo o resto, ficou! Intacto! Como o abraço apertado que nunca apetece desfazer.
O "meu" menino faz anos hoje e todas as palavras redondas de carinho que fazem parte desta prosa poderiam ter sido escritas em qualquer um outro dia, num qualquer outro ano.
Feliz dia, feliz tudo, para ti Amigo. E muito mais feliz eu sou, por te conhecer, por fazeres parte do meu mundo de afectos.
Beijo-te, na catedral da ternura, no coração
(Lai)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Chilrear (duplo)

Um dia descobriram que chilreavam afinadinhos e resolveram partilhar a vida! Ela - contrariando a herança genética - subiu ruidosamente ao sétimo céu da felicidade, ele, mais tímido e comedido, limitava-se a sorrir. A história de amor dos "pardalitos" emocionou toda a gente. Olhá-los, era quase poder tocar a felicidade em estado puro!
E, por via desse amor, os "pardalitos" agora estão em estado - puríssimo - de graça! Manda o rigor da informação que se acrescente, duplo, estado de graça!
Consigo imaginar o brilhozinho nos olhos dos meus amigos, espelho dessa felicidade maior. E, num passe de mágica, os meus olhos ficaram também mais brilhantes. A felicidade tem destas coisas e mal não faz confessar que andou aqui uma lagrimita teimosa, que não me apeteceu travar.
Para a coisa ser mais que perfeita, só falta aquele abraço interminável aos meus amigos. Até lá, fica este abraço feito de palavras, palavras maiores, em nome deste amor mais alto, chamado amizade!

Muitos parabéns. Um beijo (no coração)
Adelaide

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Criação

Apetecia-lhe um beijo... com sabor a chegada e despedida. Um beijo colado à pele que falava em silêncio das saudades e da alegria do reencontro. Apetecia-lhe o mar a entrar pelos olhos e a roubar-lhe os sentidos... Apetecia-lhe um banho de afecto e um fim de tarde, mágico. Com direito a pôr do sol, numa praia deserta, com direito a fogueira, guitarras ao longe e um solo de flauta!
Fechou os olhos para inalar melhor o cheiro do mar. E saborear os acepipes da cesta de piquenique e o vinho branco gelado que lhe refrescava os sentidos. Fechou os olhos e ficou de mão dada com o sonho. Em forma de vida, em forma de gente! Elevou os sentidos ao sétimo céu, roçou os lábios no sol e afagou a lua adormecida...
Acordou com um beijo do vento a afagar-lhe o rosto. Sorriu. Acendeu um cigarro e começou a escrever. Como se não houvesse amanhã. Beijava cada palavra recém chegada como se fosse um filho e dava forma à prosa escrita no poema da certeza de amar...
Chegou ao fim da página com a alma lavada e o coração aquecido. Escrever é outra forma de fazer amor!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Realidade(s)

A noite está quente, cinzenta, sem estrelas
A noite está...
O meu espelho,
E não me apetece ser desnudada,agora!
Esta noite pode até ser cúmplice,
solidária e traiçoeira...
Esta noite, somos nós,
Eu e tu, e os nossos beijos...
E levamos a noite à boleia.
Esta noite, mandamos a noite à fava,
namoramos em silencio no luar cinzento,
beijamos as estrelas ocultas,
degustamos a vida,
e o vinho branco, também!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dia do Amigo(a)

Um olhar de veludo que afaga a alma, um beijo em forma de brisa, a mão que se estende, um abraço apertado, um sorriso em jeito de meia lua.
Amizade é a outra metade de nós. Amizade são amores maiores, amores mais altos elevados à raiz do pensamento. Amizade é acender as estrelas, lavar a alma, e num terno olhar dizer - em silêncio - adoro-te. Amizade é vida, esperança, poesia, sonho partilhado, sintonia, telepatia, disponibilidade, bondade. Amizade é oferecer-te o pedaço mais bonito do céu, um naco de lua e a estrela mais linda da noite.
Amizade é um rio de ternura que nasce no peito, o azul do mar abraçado ao céu, o vermelho do sol, em fogo, ao fim do dia.
Amizade somos tu e eu que celebramos e partilhamos os nossos sucessos, os dias felizes e os outros, cinzentos. Amizade é dizer-te: vou amar-te sempre!
O Dia do Amigo é o Natal dos Afectos, a doce consoada da ternura em estado puro.
Feliz dia, noite, feliz tudo. Feliz, eu sou, muito, mais, porque te tenho. És o meu melhor tesouro, o melhor presente que a vida me deu.

Um beijo, no teu coração
Adelaide

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Natureza

Apetece-me o teu olhar de veludo verde jade. O teu sorriso meia lua. As tuas mãos nas minhas, os teus dedos nervosos a brincarem com os meus. Apetece-me mergulhar nos teus olhos como se fosses rio. Entrar na tua alma como se fosses mar. Apetece-me o teu afago que me lembra a carícia do vento ao cair da noite.
Apetece-me tanto a tua voz nos meus ouvidos neste fim de tarde, ao pôr do sol, à luz das estrelas. Apetece-me um pôr do sol contigo à beira mar para partilharmos o momento emocionante do vermelho incandescente da estrela da manhã mergulhar no azul, que de repente fica em fogo. Arde lá longe o mar e aqui a saudade. E a paixão desmedida. E o amor imensurável. Queima-me por dentro e por fora a saudade, incendeiam-se os olhos de lágrimas, quais nascentes de água cristalina a brotar da terra esventrada.
Cai a tarde, a noite, fecho os olhos para melhor sentir o teu perfume trazido pelo vento que já me deu um beijo de raspão. Sinto a sensação (impossível) dos teus dedos a entrelaçarem-se nos meus.
Sinto que esta noite está nua sem ti.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pauzinhos chineses

Em memória de Fernando Santos

Chamava-te carinhosamente "rezingão" e tu respondias da mesma forma. Como éramos tão parecidos, também no resmungar. Apesar de seres mais crescido do que eu, desde o primeiro momento comecei a tratar-te por tu. Até porque os teus cabelos brancos me inspiravam o maior respeito e carinho.
Lembro-me bem da tua resmunguice que adorava copiar. Lembro-me bem das nossas brigas porque não te entregava a tempo as folhas de produção e ainda por cima, mal preenchidas. E eu nada fazia para me emendar. Acho que por adorar a tua resmunguice carregada de carinho.
Lembro-me de todos os presentes que nos trazias de cada viagem aos Estados Unidos e dos pauzinhos chineses que me ofereceste e também à minha irmã (apesar de não ser da equipa) numa das muitas visitas à Expo-98. Estão bem guardados - também - na memória e no coração. Como tu, "rezingão" adorado.
Como sabes, detesto despedidas. E acredito que as pessoas que amo, ficam para sempre na memória e no coração. Até sempre companheiro. Acho que vou em busca de... comida chinesa.

Desabafo

Há dias assim. Em que acordo feliz porque tenho amigos aniversariantes e de repente fico a saber que um outro amigo partiu. Há dias assim. Em que celebro a vida e no mesmo instante choro uma partida.

Presentinho transatlântico

Mal a gente se conheceu, Laine falou para mim reconhecer-me como da mesma tribo. Acredito que nos reconhecemos na mesma hora e rapidamente aquela senhora recém- chegada de S. Paulo se tornou uma referência para mim. Uma dupla referência, a nível profissional e pessoal também. Em termos profissionais eu comparo Laine, sem qualquer problema, a meu "pai" profissional, meu querido Jorge Simões. Em termos pessoais também. Pela nobreza do carácter, pela grandeza da alma.
Laine Milan é uma Senhora, uma princesa do audiovisual (televisão e cinema), uma princesa na vida real. Laine é uma pessoa especialíssima, bacana, generosa, dotada de uma beleza ímpar por dentro e por fora. Laine é uma excelente profissional e tenho um enorme orgulho em ter sido dirigida por ela. Trabalhar com essa Senhora é um privilégio que um dia quero repetir. Chamar essa Senhora de minha amiga, não tem preço.
Laine está hoje de aniversário. Todas as palavras que hoje eu estou escrevendo, eu poderia ter escrito em qualquer dia do ano. Legal, né?

P.S. Amiga, escrevo para você todas essas palavras com letras redondas de carinho em português do seu país porque me pareceu melhor. Mas tenho a certeza que se escrevesse em português daqui você entenderia direito porque na riquíssima língua portuguesa de nossos dois países, tem palavras que se escrevem do mesmo jeito. A gente só pronuncia mesmo com sotaque diferente. Entre todas essas palavras destaco respeito, carinho, amizade e naturalmente saudade.
Parabéns querida amiga, por mais esse ano, também por você ser do jeito que é.
Um beijo, em meio do seu coração

Adelaide

domingo, 11 de julho de 2010

A tempo

Gosto deste momento que estou a viver. Gosto muito. Gosto de sentir que as pessoas que um dia fizeram parte da minha vida, estão de volta. Gosto tanto de recuperar momentos, memórias, afectos, pessoas.
Gosto desta sensação que se cola à pele. Sentir que estás de volta porque em tempos a missão não foi cumprida. Porque, simplesmente, não tinha que ser. Porque o destino já tinha escrito esse capitulo. Capítulo bem longo mas como valeu a pena esperar.
Há alturas na vida em que percebemos melhor o porquê de estar aqui e porque os outros são tão importantes para nós. Perceber que nunca é tarde para recuperar e fazer crescer amizades. Sentir que esta militância de afectos é partilhada num abraço que nunca apetece desfazer, na cumplicidade de um olhar que permite ler a alma e medir-lhe o tamanho imensurável.
O capítulo deste livro da vida começa agora. Escrito por várias mãos. Das minhas, saem palavras redondas de emoção para todos os meus afectos, os meus amores. Amores perfeitos dos dois lados do Atlântico. Amores perfeitos recentes, antigos... amores todos eles mais que perfeitos. Que me fazem tão feliz.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Memórias de 25 Azul

Numa altura em que viajo a velocidade de cruzeiro para os 48 e já somo 24 de profissão, gosto de pensar/escrever/ dizer/sentir que o Jorge Simões e cada um de vocês são metade da minha vida. E tenho um enorme orgulho em ter participado convosco nessa corrida atrás do sonho que é nosso, continua a ser. Por acreditar que o sonho é um bebé que vive em cada um de nós. Um bebé que nos faz acreditar num mundo melhor.
O jantar de ontem proporcionou-me várias surpresas... cada um de vocês foi a melhor de todas e todos nós juntos, fomos a melhor. Nesta excelência da qualidade, cabem ainda todos os que não estavam e queriam, todos os que não estavam e estavam... a ver-nos de um plano mais elevado. O jantar de ontem foi uma extensão da generosidade que alimenta o nosso sonho que ontem se tornou prata. O jantar de ontem permitiu-me - e acredito que a todos nós - recuperar memórias, pessoas, afectos, o melhor da vida. Porque o resto, é apenas resto.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

25 Azul

O "berço" onde "nasci" (Rádio Azul) faz hoje 25 anos. Esta noite vai ser de festa, também saudades e alegria do reencontro com pessoas que durante uma dúzia de anos fizeram parte do meu dia a dia e estão nas minhas memórias e no meu mundo de afectos.
Lembro-me ainda dos que partiram e já são muitos. Lembro-me das lágrimas travadas e dos sorrisos partilhados, e lembro-me ainda da generosidade que cada um de nós, de várias formas, imprimiu ao sonho azul.
Lembro-me particularmente de um senhor de voz bonita e um bocadinho de mau génio a quem devo 3 "coisinhas": quase tudo o que sei sobre esta profissão que continua a apaixonar-me, muitos dos valores para a vida e quase todos os palavrões que digo. O meu "pai" profissional chama-se Jorge Simões e tenho uma carrada de irmãos que nem imaginam.
Tenho um orgulho imenso neste Senhor. Também o meu melhor Amigo.
Tenho um orgulho imenso nessa grande irmandade que hoje dá pelo de Ex- Azul Rádio Azul.
Somos tantos... que um dia vivemos um imenso sonho azul e muitos de nós esta noite, vamos recordar esse sonho... Cheira-me que vai haver "lamechice" pelo meio... como diriam os meus amigos brasileiros: "Faz parte".

Nota de abertura

"Nascemos numa noite quente de verão. Viemos ao mundo para informar, animar e participar na vida da cidade. Os nossos progenitores são cidadãos profundamente empenhados na criação e desenvolvimento de serviços locais de radiodifusão que complementem o esforço global no sentido da regionalização do país. Aguardam apenas que os senhores deputados da Assembleia da República discutam e aprovem o texto final da lei de licenciamento das estações de radiodifusão.
Até lá, como profissionais de comunicação, vão desenvolver um serviço local de rádio, de acordo com as limitações provocadas pelo vácuo legal.
Nascemos numa noite quente de Verão. Rádio Azul, a cor do rio, do mar e do éter. O sonho de alguns que se transformará no prazer de muitos. Rádio Azul um bebé que se promete tornar-se criança, jovem e adulto.
O nosso primeiro serviço de notícias será às sete horas da manhã. Temas em destaque: os 130 anos do Setubalense, os chumbos das escolas de Setúbal, a Feira de Santiago, o Festival de Teatro e o Festival de Folclore das Praias do Sado. E ainda, o Grande Prémio de Ciclismo da Costa Azul.
Quanto ao tempo, más notícias. Durante a manhã o céu vai tornar-se muito nublado com possibilidades de aguaceiros na regiões norte e centro… Quer isto dizer que aqui em Setúbal, uma zona limite entre o centro e o sul, é possível que também chova. A temperatura vai descer. Estado do mar na nossa costa; mar encrespado, ondulação de noroeste".

Jorge Simões in Rádio Azul, Setúbal, 01/07/85 (06h00 A.M.)

"Nascemos numa noite quente de Verão. Penso que era assim que começava a nota de abertura do parto. Se não foi assim há 25 anos, andou lá perto. A recém anestesia a que fui submetido pode influenciar a memória, esta parte da memória, porque a outra, a importante, está asseguro-vos, intacta. Pois nascemos há 25 anos. Todos. mesmo os que pensaram que nasceram. Os que nasceram há 25 anos sabem a distinção entre ser e parecer. Peço-vos só aquele tempo infinito dos sabem do que custou nascer numa noite quente de Verão. Gostar, nascer, porque gostar é brotar de um fio de palha, é enterrar-se numa onda, gostar é carregar o éter, é despejar palavras, gostar é mais do que amar, é menos do que querer. Gostar é acima de gozar, é abaixo de possuir. Gostar é encher o pensamento, é esvaziar o corpo. Porque gostar é voar nos céus, é aterrar no infinito. Gostar é saltar muros, é cair de paixão. Gostar é partir para mundos e regressar à terra porque gostar é incendiar mares é apagar escuridões. Gostar é nascer numa noite quente de Verão. Porque gostar é azul, é arco - íris. Há 25 anos, ontem, hoje, agora, aqui. Parabéns a todos, mesmo àqueles que já cá não estão"

Jorge Simões
01/07/2010

http://www.jha.pt/RadioAzul/Nota_Abertura_25_anos.mp3

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Meus" brasileiros

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo...

Alexandre O'Neill

Faz hoje um ano que eu conheci três brasileiros encantadores que ficaram em meu coração, assim de repente, no primeiro abraço. Olhando no olho de cada um, eu vi o coração do tamanho do mundo e a alma lavada. Olhando no olho de cada um deles, não me apetecia desviar o olhar. Meus olhos passeavam deliciados pelos rostos dos meus novos amigos e gostavam de cada detalhe de generosidade. Meus ouvidos se deliciavam com a musicalidade daquele português requintadamente doce que fazia uma serenata em meu coração.
Nos olhares de meninos de "meus" brasileiros, eu lia uma tremenda bondade a condizer com aquele sorriso aberto, tão gostoso de ver. Nos rostos de meus novos amigos, eu antevia as páginas de um livro imenso de amizade cujo primeiro parágrafo a gente tinha começado a escrever.
Percebi rapidamente que cada abraço trocado entre a gente era de muito ouro e como ia ser dificil desfazer esse mesmo abraço. Como foi dificil essa despedida, como é dificil sempre que a gente se separa. Embora a gente finja que está tudo bem e disfarce a lágrima teimosa...
Bem a propósito tem um pequeno riacho nascendo agora em meus olhos. Um riacho de felicidade e saudade. Felicidade por chamar de amigos estas pessoas lindas por dentro e por fora, saudade porque faz parte né? Afinal a gente está separado por milhares de quilómetros.
Hoje celebro essa amizade com um abraço de palavras que embrulho na seda do carinho que sinto por meus amigos Laine, Waguinho e Roni. Palavras que eu beijo enquanto eu tento escrever em português de Brasil porque... sim.
Agora entendo melhor porque falam que Deus é brasileiro. Conheço três anjos que têm a mesma nacionalidade.
Beijo amigos, no coração
Adelaide

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Coração de veludo

Vi há pouco uma fotografia da Kika e notei como está crescida. E cada vez mais bonita. Com uma carinha de boneca, um olhar muito doce onde facilmente se adivinha o coração de veludo... A Kika faz hoje doze anos. Começa a tornar-se uma mulherzinha e tenho a certeza que vai continuar a ter um coração de menina. Daqui a pouco vai trocar, se é que já não o fez, as barbie's que tanto gosta(va) por namoricos e outras coisas que dão outro sentido à vida e dores de cabeça aos pais, e de certeza também tornar-se uma mulher generosa, quem sabe cheia da energia, qualidades que tão bem caracterizam a mãe.
Das melhores memórias que me ficaram da convivência quase diária com a Kika, colaram-se à pele a ternura, a generosidade e uma grande agilidade com as palavras. Qualidades que acredito, apurou com os anos. E ainda aquele jeito brincalhão de menina que lhe fica tão bem.
Neste dia especial, deixo nestas linhas um presente de palavras feito. Palavras escritas em letras redondas de carinho. E o desejo especial que o sol, a lua e as estrelas brilhem sempre no caminho desta princesa.
Parabéns Kika. Mil beijinhos, no coração

(Tia) Adelaide

Presentinho para Roni

(Tentanto escrever em português do Brasil...)

João Roni tem olhar de menino e coração a condizer. É um homem justo, muito trabalhador, gentil, generoso, de uma sensibilidade sem tamanho. Conhecer este senhor é acrescentar muito de bom à vida, é continuar a acreditar num mundo melhor, cheio de paz e amor.
Alguém disse um dia que amigo é o irmão que o coração escolheu. João Roni é tudo isso. Por esses dias está fazendo um ano que conheci Roni. Olhei nos olhos dele, descobri um coração grande, uma alma pura. Percebi na hora que estava nascendo uma grande amizade. Que bom que não me enganei.
Foi muito fácil descobrir as muitas qualidades do meu amigo. Fica fácil quando o outro tem autenticidade. E isso também faz a imagem de marca de Roni. Ele é ainda muito bonito, por dentro e por fora.
João Roni está hoje de aniversário e gozado, tudo o que eu escrevi até agora, eu poderia ter escrito em qualquer dia do ano. Bonito, né?
Como meu querido amigo mora naquele país tropical onde a língua portuguesa tem sotaque de mel, meu presente pra Roni são essas palavras de muita amizade (que eu tentei escrever em português do Brasil). E também esse abraço do tamanho do mundo que a gente vai recuperar da próxima vez que nos reencontrarmos. Que seja breve, espero.
E tem ainda esse beijo carinhoso, no coração.

Adelaide

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Presentinho

Dizem que não existem coincidências mas a verdade é que hoje lembrei-me que a melhor forma de presentear a minha amiguinha Maria no dia do aniversário, é mudar a cara do meu blogue. Dar-lhe um ar mais fresco, mais moderno, mais azul, mais positivo, com a plena consciência que não está perfeito. Lá chegaremos... mais à frente.
Voltando à Maria, deixem-me (re)apresentá-la. Ela é filha da minha melhor amiga e reconheço-lhe imensas qualidades da mãe, para além, naturalmente, dos muito traços fisionómicos. Reconheço facilmente na Maria o carácter, a bondade, a autenticidade, a exigência e uma beleza exterior que lhe espelha a alma.
A minha amiga Maria tem ainda outros atributos que vale a pena enumerar. Para além de linda - e naturalmente um pouco vaidosa como cumpre às meninas nesta idade- ela é muito bem educada, simpática, frontal, inteligente, aplicada (consta que é a melhor da turma) e facilmente se lhe traça um futuro risonho de mulher, sempre com coração de menina. A Maria tem também um elevado sentido de responsabilidade e a noção exacta dos valores que importa preservar.
Descem as linhas deste post e sobe o ego. Da Maria! E da mãe da Maria! E do pai e do irmão.
Muitos parabéns. Tudo do melhor.
Um beijo grande, no coração.

Adelaide

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Definições

Amigos são a família que o coração escolheu. Amizade é um poema de rima fácil que combina com todos os momentos. Amizade são laços invisíveis que me ligam para sempre a quem tenho este amor mais alto.
Amizade é uma auto estrada sem portagens, uma ponte, são asas que ajudam a voar atrás do sonho. Amizade é o sorriso da lua a iluminar a noite escura, o abraço do sol que sabe bem em qualquer época do ano, o beijo da vida dado pela carícia do vento.
Amizade é sentar-te no sofá mais confortável do meu coração, é a partilha de afectos, momentos, a mão que se estende, os olhos que se encontram até na distância.
Amizade é olhar-te nos olhos, ver o teu coração, descobrir a tua alma.
Amizade é fazer de ti protagonista das minhas conversas com o céu e dos meus pensamentos na terra.
Amizade é o abraço espontâneo que nunca apetece desfazer. O momento em que chegamos e/ou partimos, ou simplesmente o momento em que celebramos o afecto que nos une.
Amizade é partilhar contigo o meu sonho e todas as palavras que te escrevo, em letra redonda.
Como este beijinho
Adoro-te

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Miss you

Queima-me o peito,
a saudade.
Escrevo-te as palavras
que fazem doer
Escrevo as palavras
que queria não saber escrever,
escrevo-te saudade.
Escrevo-te carinho
com letras redondas de ternura
Escrevo-te o abraço
que te está reservado
Afago na memória
as lembranças de ti.
E beijo-te, no coração

Adelaide Coelho

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Coisas que eu gosto

Gosto de palavras, ditas, escritas, declamadas, sussurradas. Gosto de poemas, gosto de prosas onde as palavras podem ser degustadas. Como se fossem um bom vinho. Gosto das palavras que me escreves, que me dizes e das mudas palavras que só os teus olhos sabem dizer. Gosto das letras redondas com que escreves amizade, gosto de escrever para ti.
Gosto de pensar que a amizade é poema escrito em letra redonda. A várias mãos. Gosto de saber que a amizade é uma sonata para piano que todos nós sabemos tocar. Gosto de sentir essa melodia de afectos, lavar a alma nesse compasso binário, reconhecer nos teus olhos a grandeza do teu coração.
Gosto de partilhar contigo sonhos, abraços, parcerias, cumplicidades, dias de sol e os outros cinzentos. Gosto de sentir que fazes parte da minha vida, que é bem melhor, mais rica de afectos, desde que te conheço. Gosto de lembrar como és importante para mim.
Gosto de pensar/dizer/escrever amizade e lembrar-me de ti.
Gosto de saber que estamos sempre à distância de um pensamento, de um abraço.
Gosto de saber que és maior que o pensamento.
Gosto muito de ti.

Adelaide Coelho

domingo, 25 de abril de 2010

Lá e Cá

Estreia esta noite, em simultâneo na RTP 2 e na TV Cultura (21 horas) o documentário "Brasil, Portugal - Lá e Cá".
Trabalhei nesta série durante sete meses. Em vinte e quatro anos de profissão, este é o projecto mais intenso, mais envolvente, mais apaixonante de toda a minha a vida. Pelos conteúdos, pelas pessoas também. Conteúdos que se distribuem por 13 episódios. Pessoas que ficaram no meu coração para sempre. Pelo elevado profissionalismo, pela grandeza da alma.
Neste projecto, sinto que cresci e aprendi - também - a ser melhor como ser humano. Conheci pessoas com a autenticidade espelhada nos olhos e a bondade colada à pele. Pessoas que ajudam muito a acreditar no sonho e num mundo melhor. Seres bonitos, por dentro e por fora, a quem chamo queridos amigos.
Nesta co-produção luso brasileira tive a oportunidade de confirmar a excelente imagem do povo brasileiro, um povo generoso, trabalhador, doce, gentil, positivo, bem disposto.
"Lá e Cá" deu-me privilégio de ter trabalhado com excelentes profissionais, de quem me orgulho muito. E de ter sido dirigida por uma grande senhora do audiovisual: Laine Milan. Um orgulho assim, até há bem pouco tempo, eu sentia apenas pelo meu "pai" profissional, o meu melhor amigo, Jorge Simões. Ter duas referências desta dimensão não tem preço.

http://www.tvcultura.com.br/laeca/