quarta-feira, 14 de julho de 2010

Natureza

Apetece-me o teu olhar de veludo verde jade. O teu sorriso meia lua. As tuas mãos nas minhas, os teus dedos nervosos a brincarem com os meus. Apetece-me mergulhar nos teus olhos como se fosses rio. Entrar na tua alma como se fosses mar. Apetece-me o teu afago que me lembra a carícia do vento ao cair da noite.
Apetece-me tanto a tua voz nos meus ouvidos neste fim de tarde, ao pôr do sol, à luz das estrelas. Apetece-me um pôr do sol contigo à beira mar para partilharmos o momento emocionante do vermelho incandescente da estrela da manhã mergulhar no azul, que de repente fica em fogo. Arde lá longe o mar e aqui a saudade. E a paixão desmedida. E o amor imensurável. Queima-me por dentro e por fora a saudade, incendeiam-se os olhos de lágrimas, quais nascentes de água cristalina a brotar da terra esventrada.
Cai a tarde, a noite, fecho os olhos para melhor sentir o teu perfume trazido pelo vento que já me deu um beijo de raspão. Sinto a sensação (impossível) dos teus dedos a entrelaçarem-se nos meus.
Sinto que esta noite está nua sem ti.

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