quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Todo o tempo é de poesia

Todo o tempo é de poesia
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia
Todo o tempo é de poesia
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas qu'a amar se consagram.
Sob a cúpula sombriadas
mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.

António Gedeão

1 comentário:

Anónimo disse...

Que rico presente de Boas Festas aqui nos deixas, madrinha.
Simplesmente um dos poemas mais bonitos do meu poeta de eleição.
Sempre um presente novo a cada dia que passa nesta tua casa virtual onde o que se lê conforta a alma.
Beijos