quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Trova do vento que passa


Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
e o vento nada me diz.
E o vento cala a desgraça
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia,
dentro da própria desgraça,
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste,
em tempo de servidão,
há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.
Há sempre alguém que resiste,
há sempre alguém que diz não.

(Manuel Alegre/Adriano Correia de Oliveira)


1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo...

Pilar