quarta-feira, 12 de março de 2008

Espiral

Um cigarro fumado à pressa, como se não houvesse amanhã. Como se matasse a fome, a sede, a solidão e a tristeza. E depois outro cigarro. Fumado ainda mais depressa. Como se a vida dependesse desse fumo. E mais outro. E outro. E outro. E muitos.
Nuvens de fumo. No cérebro também. Ideias envoltas em nada como as mãos nuas, cheias de nada. E cheias de medo do vazio.
Olhos semicerrados à procura. Na noite. Por entre o fumo. Não se vê nada! Não há nada!
Ainda há cigarros. E vai haver mais fumo. Anéis de fumo que se elevam num apelo às estrelas. Alguém precisa de companhia. Os cigarros não gostam de estar sozinhos!

Sem comentários: