sexta-feira, 27 de julho de 2007

Vontade de telefonar...


Eu - Olá! Tudo bem?
A minha amiga - Olha porque é que me estás a telefonar, apressadinha? Ainda não nasci!
...
Eu - Olha... mas podemos ser amigas, está bem?
A minha amiga - Podemos, claro, quando eu nascer... Agora nem sei como é que conseguiste ligação...
Eu - Sentaram - me aqui (para tirar uma fotografia) e disseram-me para telefonar para quem quisesse. Ainda pensei no Pai Natal, mas já lhe mandei uma carta e não me parece que ele tenha tempo para atender o telefone e pensei ligar para ti... nós somos amigas...
A minha amiga - ... vamos ser, querida... quando eu nascer...
Eu - E ainda falta muito... para tu nasceres? O que é nascer?
A minha amiga - É uma coisa que tu já fizeste, acho que é muito bonito... Não te lembras?
Eu - Eu só me lembro de estar aqui, na casa dos avós Pestana, e na casa dos meus pais, e nos meus avós, em Sesimbra e em Vendas Novas... E só aqui é que há telefone...
A minha amiga - ... Não te preocupes, havemos de ser amigas e vamos encontrar-nos, depois de eu nascer... um dia!
Eu - Mas olha, só aqui é que há telefone.. e quando tu nasceres, para onde te telefono? E quando é que tu vais nascer? E quando vamos brincar? E como me vais telefonar, se não tens o número? A minha amiga - Um dia destes, talvez no ano que vem, ou no outro... Não te preocupes, vamos encontrar-nos... um dia, prometo!
Eu - Está bem. E eu vou guardar a fotografia que o meu pai acabou de tirar, para te mostrar. Beijinhos

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